30 dias de greve. 30 dias de luta

30 dias de greve. 30 dias de luta. 30 dias em que companheiras e companheiras de todo o Ceará que constroem a categoria TAE e as universidades federais cearenses têm feito política de forma irrepreensível. 

De norte a sul do Ceará, Unilab, UFCA e UFC estão com as atividades paradas. Isso tem incomodado muita gente. Geralmente, aqueles que naturalmente não iriam se incomodar em ver as universidades públicas fechadas por falta de orçamento ou por falta das suas servidoras e servidores. 

Essa categoria até bem pouco tempo era invisível, mas descobriu enquanto fazia as discussões sobre a reformulação de carreira o quanto era forte e foi essa força da sua unidade do seu tamanho que perpassa as universidades em praticamente todas as atividades das áreas administrativas, as de ensino, pesquisa e extensão, essa força é a chave para que agrave atingir seus objetivos. 

O momento é de ampliar as atividades de greve e de encerrar fileiras com professores que iniciam sua greve agora, um mês após a dos técnicos e com os estudantes, para que a gente possa conquistar não apenas a reformulação da carreira, mas também pautas que são muito caras a todos nós, como as 30 horas, a paridade nos conselhos universitários e nas eleições para reitor, a ampliação do trabalho remoto e sepultar definitivamente o ponto eletrônico. A gente precisa avançar. 

Dia 19, nós teremos uma mesa específica e o governo precisa apresentar uma proposta que seja no mínimo aceitável essa categoria, que nesses 30 dias soube se valorizar e impôs respeito a esse mesmo governo, que longe de nos tratar com a importância que merecemos, se mostrou indiferente aos TAES e às universidades. 

E é assim que nós chegamos aos 30 dias de greve, prontos para mais dias de luta, pronto para mais dias de greve. Esperando valorização, respeito e dignidade. Aliás, esperando não: construindo valorização, respeito e dignidade. Porque a coragem das lutadoras e lutadores da Unilab, da UFCA e da UFC é que vai mudar a carreira das técnicas e dos técnicos administrativos em educação e nos dar aquilo que nós desejamos. 

Que as universidades sejam um espaço de vida, trabalho e estudo de qualidade, onde nós possamos não apenas exercer o nosso trabalho a contento, como projetar o nosso crescimento e o das nossas famílias.