Arquivistas e técnicos de Arquivo do Ceará criam grupo de trabalho para fortalecimento da categoria

O GT realizou reunião na sede do SINTUFCE nesta quarta-feira (19/11)

 

Na tarde desta quarta-feira (19/11), arquivistas e técnicos de Arquivo do Ceará reuniram-se, na sede do SINTUFCE, para compartilhar informações, dúvidas e experiências arquivísticas em suas respctivas áreas de atuação. Este foi o segundo encontro do grupo, que pretende se reunir mensalmente. A proposta do Grupo de Trabalho é a de fortalecer a categoria, tecnicamente e politicamente, no âmbito da cidade de Fortaleza e, posteriormente, no Ceará.

 

Marcela Teixeira, técnica-administrativa da UFC, atualmente arquivista do Memorial da universidade, conduziu a reunião. Ela explica que “cada um dos presentes trabalha em uma área muito específica. Um lida com acervos audivisuais, outro com documentos administrativos, um terceiro atua na UFC INFRA, e eu no Memorial da UFC. Cada um tem uma experiência e uma necessidade diferente. E, geralmente, o arquivista trabalha muito só. Quando nos encontramos temos a oportunidade de trocar informações, expôr nossas dúvidas, desafios e sugestões”.

 

Marcela conta que a ideia do grupo é também fortalecer esses profissionais para conquistas urgentes. Há arquivistas e técnicos de Arquivo sobrecarregados e pouco conhecimento da relevância do trabalho realizado. “Temos a visão de atuação política, fortalecendo os arquivistas dentro da cidade, em prol de uma política arquivística nas instituições onde trabalham. Até abril de 2014, por exemplo, eu era a única arquivista da UFC. Hoje, já temos sete arquivistas e três técnicos de arquivo – destes, cinco arquivistas foram admitidos no último concurso e uma arquivista veio redistribuída da UFRJ”, relatou.

 

A coordenadora do SINTUFCE Adeli Moreira (Educação e Cultura), bibliotecária, participou da reunião. “A minha experiencia enquanto técnica-administrativa, com 30 anos de UFC, me deu o entendimento da importância de um arquivo organizado por profissionais. Fui secretaria de departamento, trabalhando na organização de curso, e vivenciei muitas dificuldades para localizar documentos. Quando você vai resgatar informações em uma arquivo organizado, ele te dá respostas bem mais rápidas do que um arquivo com organização generalizada, sem obediência aos critérios da arquivologia”, explicou a diretora, destacando a importância do trabalho realizado por esses profissionais.

 

A pouca cultura de investimento na organização de arquivos pode ser observada em instituições públicas e privadas e “isso é lamentável, um prejuízo no aspecto histórico e cultural da instituições”, reforçou Adeli. “Pouco se vê um olhar dos gestores para esse tipo de organização. No SINTUFCE, por exemplo, ao longo de cerca de 30 anos, nosso arquivo foi ignorado. Perdemos muitas informações dessas três décadas de lutas por falta de um investimento de tempo e pessoas na organização do arquivo”, destacou.

 

O grupo é aberto a arquivistas e técnicos de Arquivo de toda a cidade de Fortaleza. Interessados em participar podem obter mais informações enviando uma solicitação ao email [email protected] ou acessando o grupo ARQUIVE-CE no Facebook.

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