Desde o dia 15 de março, servidores técnico-administrativos em Educação (TAE) da Universidade Federal do Ceará, de 65 universidades e 470 institutos federais em todo o País entraram em greve. Por meio desse instrumento legítimo de luta dos trabalhadores, nós reivindicamos reestruturação do plano de cargos e carreiras, recomposição salarial, condições dignas de trabalho, retomada de concursos públicos e restituição do orçamento da educação.
Paralisamos as atividades por tempo indeterminado, mantendo, em comum acordo com a Reitoria da UFC, o mínimo de 30% dos serviços essenciais definidos por lei. No Brasil, atualmente há 224 mil servidores TAEs, entre ativos, aposentados e pensionistas, e somos a categoria mais numerosa e com a pior remuneração de todo o serviço público federal.
Na UFC, 3.340 servidores TAEs atuam nas unidades acadêmicas e administrativas da Instituição, incluindo o Complexo Hospitalar, o Hospital Universitário Walter Cantídio e a Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, com atendimentos gratuitos à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Também estamos presentes em Fortaleza, nos campi do Pici, do Benfica e do Porangabuçu, e no Interior cearense, nos municípios de Sobral, Quixadá, Russas, Crateús e Itapajé.
Sabemos do nosso papel para o ensino, a pesquisa e a extensão e para as políticas públicas educacionais. Para termos perspectivas de futuro da nação e de um serviço público eficiente, o Governo Federal deve fazer a sua parte com investimentos, valorização e respeito para os profissionais da educação.
Atenciosamente,
Comando Local de Greve dos Servidores TAEs da UFC
Fortaleza, 17 de abril de 2024.