O Comando Local de Greve da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), já no primeiro dia do movimento grevista (quarta-feira, 20), reuniu-se com a Reitoria e a Superintendência de Gestão de Pessoas da instituição.
Na reunião, uma comissão de servidores, escolhida coletivamente, levou as principais demandas iniciais dos trabalhadores à gestão.
Uma delas diz respeito à inclusão da atividade “greve” no rol do Sistema do Programa de Gestão (Susepe), de modo que os servidores participantes do Programa de Gestão e Desempenho (PGD) possam alterar seus planos de trabalho indicando que estão em greve. A atividade “greve” deve constar nas diversas cargas horárias diárias de trabalho – 4 horas, 5 horas, 6 horas e 8 horas. A solução já foi adotada em outras universidades, como a Federal do Ceará (UFC). Outra saída seria fazer um processo no SEI, cujo caminho seria Pessoal / Planejamento de Força de Trabalho. A SGP dará um retorno à categoria o quanto antes.
Outro ponto importante é a decisão sobre o que é considerado serviço essencial e, portanto, deve contar com 30% da força de trabalho. O servidor Lucas Lucena, membro da Comissão Interna de Supervisão da Carreira (CIS), chamou atenção para a lei de greve, que determina serem “necessidades inadiáveis da comunidade aquelas que, não atendidas, coloquem em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população”. A Reitoria pediu às pró-reitorias que enviassem uma lista do que seria serviço essencial, o que será debatido também com os trabalhadores que realizam os serviços.
A diretora do Sintufce Alrineide Pereira reforçou a importância de que não haja envio de nomes de grevistas, corte de ponto ou retaliações. A superintendente de Gestão de Pessoas, Isabela dos Santos, tranquilizou a categoria ao informar que houve reunião da Andifes e os gestores acordaram de apoiar a pauta da greve e não comunicar ao Ministério da Gestão e Inovação sobre os servidores que aderiram ao movimento.
A SGP ainda solicitou que as chefias sejam informadas pelos servidores acerca da adesão ao movimento e assegurou que isto se dá apenas para reorganização do fluxo de trabalho.
“Chefias vão fazer levantamento de quem vai aderir e passar para a SGP pensando na compensação, não em mandar para o MGI. Sobre o PGD, a gestão vai fechar um posicionamento e repassá-lo a todos para que seja seguido uniformemente”, disse Isabela dos Santos.
Lucas Lucena reforçou que o desejo da categoria é de que a greve seja breve. “Temos a necessidade urgente de estruturar nossa carreira, que hoje sofre uma taxa de evasão de 75%. Reestruturar o PCCTAE não seria bom apenas para os TAEs, mas para toda a gestão, que manteria sua força de trabalho”, disse.
Participando por videoconferência, o reitor, Roque Albuquerque, afirmou que os TAEs podem contar com o apoio da gestão. “Sabemos que a carreira está estagnada e daremos todo suporte para que alcancem vitória sobre a pauta”, afirmou.
Haverá nova reunião entre CLG, Reitoria e SGP na próxima terça-feira (26).
Texto e imagens: Comando Local de Greve TAE/ Unilab