Em entrevista na FM Universitária, na última segunda-feira (23), o coordenador de Campi do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Ceará (Sintufce), Wagner Pires, fez duras críticas ao plano intitulado “Future-se”, anunciado em dia 17 de julho pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub. A ideia central é diminuir a participação do Estado na manutenção dessas instituições de ensino superior e facilitar a entrada de investimentos de empresas privadas. A medida também permitirá a contratação de professores sem os concursos que acontecem hoje.
Conforme afirmou o coordenador, quando o governo propõe um plano como o “Future-se”, isso reflete uma real intenção de acabar com os servidores técnico-administrativos dentro da universidade, pois em nenhum momento, a categoria é mencionada. “Além disso, dizer que o Estado não precisa mais investir na educação e que o mercado tem autonomia para fazer isso, representa um ataque à universidade brasileira. Desde o início, ela teve o ensino, pesquisa e extensão financiados pelo Estado, pois tinha uma missão social clara junto à população e isso está em risco agora”, alertou o líder sindical, que é servidor técnico-administrativo da Universidade Federal do Cariri (UFCA).
Durante a entrevista, o coordenador do Sintufce reforçou o repúdio a esse projeto de desmonte da universidade pública no país proposto pelo governo Bolsonaro. “Não iremos nesse projeto de atraso. Queremos q a universidade continue pública, gratuita e com toda a qualidade que nós sabemos fazer enquanto servidores da instituição e, principalmente, que ela continue voltada para as reais necessidades do povo brasileiro e não para os anseios do mercado”, concluiu.
CLIQUE AQUI para ouvir na íntegra a entrevista concedida à Rádio Universitária, que ainda contou com representantes do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Ceará (Adufc) e do Sindicato dos Servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (SINDSIFCE).