Na manhã desta quarta-feira, 25, o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (SINTUFCE), Wagner Pires, esteve presente na 1ª Jornada de Extensão promovida pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O evento, realizado no auditório Fausto Castilho, reuniu a comunidade acadêmica e o público em geral para discutir o papel da extensão universitária, refletindo sobre seus impactos sociais e as possibilidades de novas formas de atuação.
A jornada, organizada pela Coordenadoria de Eventos, Extensão e Difusão do IFCH, trouxe uma programação diversa, com o objetivo de fortalecer o diálogo entre a universidade e a sociedade. Ao longo do dia, três mesas redondas abordaram temas centrais sobre a prática extensionista. Wagner Pires participou da primeira mesa, ao lado de Laís Fraga, representante da incubadora de cooperativas populares. Na ocasião, compartilharam experiências enriquecedoras sobre o desenvolvimento de projetos de extensão, com destaque para as iniciativas coordenadas por Pires na Universidade Federal do Cariri (UFCA), onde atua como servidor técnico-administrativo.
Em sua fala, Wagner Pires ressaltou a relevância da extensão universitária como uma das três funções essenciais da universidade, ao lado do ensino e da pesquisa, mas alertou sobre a marginalização da prática em muitas instituições. “A extensão é uma das finalidades da educação superior, no entanto, há um predomínio enorme no ensino e na pesquisa, e por vezes a extensão fica limitada a cursos ou simples prestação de serviço. Ela precisa e deve ser mais do que isso”, afirmou. Pires destacou que a extensão universitária deve promover a integração dos saberes acadêmicos com as demandas das comunidades, envolvendo técnicos-administrativos, docentes e discentes em um esforço conjunto.
Ele também sublinhou a importância de que a extensão atue junto aos movimentos sociais populares, permitindo que a comunidade entre na universidade e, ao mesmo tempo, levando o conhecimento produzido pela academia para além dos seus muros. “É fundamental que a universidade pertença à comunidade ao seu entorno. A extensão deve fugir da lógica de competição, concorrência e priorizar a democratização da ciência produzida em nossas universidades”, defendeu.
A presença de Wagner Pires, enquanto técnico-administrativo em educação (TAE), em uma mesa dedicada à extensão universitária foi um marco significativo para reforçar a defesa do SINTUFCE de que os TAE desempenham papel vital no desenvolvimento do tripé universitário: Ensino, Pesquisa e Extensão. O sindicato tem constantemente defendido que os TAE não apenas contribuem para a administração universitária, mas também são protagonistas na produção de conhecimento e na implementação de projetos transformadores.
Importância da extensão
A 1ª Jornada de Extensão do IFCH da Unicamp também debateu os desafios enfrentados por projetos de extensão em áreas como antropologia, ciência política e história, além de fomentar o planejamento de novas iniciativas com foco em ações de impacto social, como cursinhos populares e o fortalecimento de projetos nacionais de extensão. O evento reafirmou o compromisso da universidade com a inclusão e a democratização do conhecimento.