A Delegação do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (Sintufce) participou, entre 02 e 04 de março, da Plenária Nacional Estatutária da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), em Brasília.
A representação do Sintufce foi composta por Ana Hérica Brasil, como direção do Sintufce, Luciano Morais (Unilab), Wagner Pires (UFCA). Além de Adriana Nobre, Alrineide Pereira, Nísia Rodrigues e Liduína Ferreira representando a UFC. A delegação foi retirada em assembleias da categoria, ocorridas entre os dias 22 e 28 de fevereiro.
Plenária Nacional Estatutária
Durante a Plenária foram discutidos os informes nacionais e de base, a análise de conjuntura e apresentada a prestação de contas da Fasubra (janeiro a dezembro de 2017). Além disso, foi atualizado o regimento interno do Congresso da FASUBRA (XXIII CONFASUBRA) previsto para os dias 06, 07, 08, 09, 10 e 11 de maio, na cidade de Poços de Caldas – MG.
No primeiro dia de evento, a Fasubra discutiu a luta das mulheres dentro dos sindicatos, com temas diversos sobre como a violência contra a mulher, mulheres negras, machismo no sindicato, legalização do aborto, falta de creche, participação nos conselhos estaduais e municipais de mulheres e assédio moral.
Sobre a análise da conjuntura nacional, cerca de 160 delegados discutiram, na manhã de sábado (03/03), a unidade e luta da classe trabalhadora, que compõe a base da Fasubra, contra as reformas e desmandos do governo federal, que atacam cruelmente o serviço público.
Na ocasião, Gibran Jordão se despediu como diretor da entidade, e destacou a importância e participação dos jovens na luta da Fasubra sindical. “É uma vitória da nossa Federação, não é todo sindicato nacional que tem uma geração de jovens que podem assumir isso. A greve da FASUBRA em 2017 foi importante para acumular forças, junto com outros atores para derrubar a reforma da Previdência e a reestruturação das carreiras. Grandes desafios aguardam os trabalhadores, como a organização do dia 08 de março, a defesa da carreira e a construção da unidade com base na diversidade”, finalizou Gibran.
A coordenadora Adriana Stella criticou a postura do governo de priorizar a intervenção militar frente às reivindicações dos trabalhadores. Segundo ela, o Rio de Janeiro teve um processo mais acelerado de lutas que nem o carnaval conseguiu esconder, “foi o carnaval mais politizado de todos, trazia gritos de libertação”, destacando o enredo da escola Tuiuti.
A mesa abriu espaço para falas das delegações e a coordenadora de Campi do Sintufce, Ana Hérica Brasil, contribuiu destacando que “a retirada de direitos vem desde o golpe de impeachment da presidente Dilma, mas que a luta da classe trabalhadora vem acumulando forças em torno da unidade. Estamos tendo muitas respostas positivas com os movimentos de rua e greves”.
Na oportunidade, Hérica chamou atenção da Fasubra pelo erro no último informe de Direção, no qual faz referência ao Sintufce como inadimplente. A coordenadora solicitou a Federação que faça a retificação e, inclusive, apresentou os comprovantes de pagamento para que a entidade corrigisse o erro.
A tarde de sábado contou, ainda, com uma homenagem ao militante e ex-coordenador Paulo Henrique Rodrigues, conhecido como PH, falecido em janeiro deste ano. Vídeo e fotos de PH foram exibidos aos presentes, que se emocionaram ao som da música de Milton Nascimento ‘Canção da América’.
No domingo, a Plenária aprovou, por unanimidade, a atualização do regimento interno do congresso da FASUBRA. Além disso, as contas da entidade, do período de janeiro a dezembro de 2017, também foram analisadas e aprovadas pela categoria.
*Com informações da Assessoria de Comunicação da Fasubra