As ruas de dois bairros da capital cearense, Benfica e Centro, foram tomadas nesta segunda-feira, 3, por centenas de trabalhadores que vestiam branco e vermelho, durante o ato que marcou o Dia Nacional de Luta pela Educação Federal. Os servidores docentes e técnico-administrativos em educação (TAE) se reuniram pela manhã no jardim da Reitoria da UFC e, durante a tarde, saíram em caminhada pela avenida da Universidade em direção à Praça da Bandeira. Depois, seguiram para a Praça do Ferreira.
Durante o trajeto, usaram palavras de ordem e discursaram no microfone sempre em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade, exigindo melhores condições de trabalho, incluindo recomposição salarial, reestruturação de carreira e mais verbas para as instituições de ensino. Todo o ato foi marcado também por apresentações e outras manifestações artísticas.
O ato foi organizado por três sindicatos: ADUFC, que representa os professores das universidades federais no Ceará; o SINTUFCE, que representa os TAE da UFC, Unilab e UFCA; e SINDSIFCE, que reúne professores e TAE do Instituto Federal do Ceará e seus campi.
Avaliação Positiva
“Os trabalhadores da educação federal estão de parabéns não só em Fortaleza, mas em todo o Ceará. Além do dia 2 ter sido marcado chamando atenção para a greve e cobrando do barbalhense Camilo Santana que ele negocie com os TAE, no dia 3 estivemos aqui com companheiros e companheiras técnicos e docentes tanto da UFC e da Unilab quanto dos Institutos Federais. Gente de todo o Ceará, dos mais diversos locais, esteve na Reitoria para passar um dia de mobilização com muitas atividades culturais”, lembra o coordenador geral do SINTUFCE, Wagner Pires.
“A gente não pode esquecer que a greve dos TAE precisa ser uma greve lúdica, uma greve educativa, uma greve que reflita a missão da universidade no ensino, na pesquisa, na extensão e também na cultura”, defende.
Radicalização
“Temos uma greve que precisa ser realmente educativa e ela se mostra educativa justamente nesse momento em que saímos às ruas, radicalizamos. Essa tem sido uma palavra muito repetida, desde as frustradas reuniões das mesas de negociação. Radicalizamos a greve e quem é o culpado por estarmos numa greve radicalizada? O governo federal que, ao negociar com os TAE e também com os docentes, acaba sendo truculento e muitas vezes não atende às nossas reivindicações”, afirma Wagner Pires.
“Vamos seguir lutando, vamos seguir fazendo atividades grandiosas como essa. Colocar o povo na rua, colocar o trabalhador na rua, para que a gente possa fazer com que a educação seja valorizada e o trabalhador da educação possa orgulhar-se de estar na universidade. Que a carreira TAE possa ser a carreira que nos leve à realização dos nossos sonhos”, finaliza.
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