O SINTUFCE surgiu na década de 1980, enfrentando a feroz ditadura militar e foi um dos mais combativos sindicatos na defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores. Esteve na luta por uma educação pública gratuita e de qualidade e historicamente sempre se posicionou contra as opressões e esteve lado a lado com todos os lutadores e lutadoras denunciando as injustiças e combatendo as desigualdades sociais. É em respeito a essa história que o SINTUFCE não pode deixar de se posicionar neste momento emblemático da democracia brasileira. Neste momento, o fascismo sai dos lugares lúgubres em que se escondia e ousa declamar seu discurso de ódio. É preciso derrotá-lo. É preciso que essa direita, que se acredita nova, mas que só é uma capa nova sobre ideias putrefatas e caducas, seja novamente lançada na lata de lixo da história, como tantas vezes os trabalhadores tem sabido colocá-la.
Quando um candidato faz do discurso de ódio a sua principal bandeira, isso não faz parte do jogo democrático. Quando afirma que mulheres devem ganhar menos, quando diz que homossexualidade é uma doença e, pior, que deve ser tratada com pancadas, quando ele diz que quilombolas são preguiçosos e que deveriam ser medidos por arroba como se fossem animais e que aos índios não serão destinadas mais terras, ele demonstra que, apesar de negar, é sim HOMOFÓBICO, MACHISTA E RACISTA, ou seja, FASCISTA! Quando um candidato flerta abertamente com o autoritarismo, quando exalta a memória de torturadores, quando demonstra seu menosprezo pela democracia, apoiando estrovengas como uma intervenção militar e o golpe parlamentar de 2016, esse candidato é, sim, um perigo para todas as conquistas de nossa jovem democracia!
Quando o vice desse candidato afirma que os países africanos e asiáticos são uma “mulambada”, que crianças criadas pelas mães e avós se tornarão delinquentes, quando fala que nós, brasileiros, herdamos a preguiça e a indolência de índios e negros, quando o economista dele afirma que vai privatizar tudo e que seu projeto é cobrar menos imposto dos ricos e mais dos pobres, podemos entender que o projeto de país dessa gente é o projeto de mais exclusão, de mais fome, de mais desesperança, para a maior parte do povo trabalhador brasileiro. O grupo que defende tais ideias não tem apreço nenhum pela universidade e pelo projeto que hoje move a UFC, a UFCA e a UNILAB, responsável por garantir a inclusão das classes desfavorecidas, que leva o desenvolvimento sustentável aos mais diversos pontos do estado e que nos leva a refletir sobre que sociedade que queremos construir.
Sabemos que a violência – e nosso estado possui índices elevadíssimos – é um sério problema e que demanda um esforço conjunto de toda a sociedade para combatê-la. No entanto, combater violência com mais violência é um contrassenso. A arma é uma parte do problema, não a solução.
O SINTUFCE sabe que, qualquer que seja o governo que tomar posse em janeiro, o sindicato deve e ficará do lado dos trabalhadores e trabalhadoras, continuando a luta árdua para impedir a retirada de direitos, para derrotar, de uma vez por todas, os projetos de desmonte da universidade. Por isso, queremos alertar que este candidato não merece um único voto dos servidores das universidades federais cearenses! Isso porque defendemos um país mais justo, com mais oportunidades e menos desigual! Também porque defendemos e valorizamos a vida de todos, das mulheres, dos LGBTQ, dos negros! Não aceitaremos este retrocesso! Por isso, nos colocamos, mais uma vez, ao lado das lutadoras e lutadores do Ceará e construiremos juntos o DIA 29/09, em todo o Estado para dizermos em alto e bom som: ELE NÃO! ELE NUNCA!
DIRETORIA COLEGIADA DO SINTUFCE
Ato em FORTALEZA:
Concentração às 15h, na Praia de Iracema (Praia dos Crush)
Saída às 16h. Encerramento no Centro Dragão do Mar
Ato no CARIRI:
Praça do Giradouro, às 16 h.