Em luta: defender a Universidade Pública está na ordem do dia

O Museu Nacional se foi entre chamas e fumaça. Sobraram as cinzas e o aperto na garganta que não passa. Ver os servidores e estudantes da UFRJ com os olhos vermelhos do choro enquanto viravam pó anos de trabalho, de pesquisa e de história foi contemplar uma imagem dantesca. O Museu Nacional foi imolado nos altares dos deuses do neoliberalismo.

A tragédia expõe a nu o modus operandi deste governo de patifes para com as universidades federais. Expõe sua política de cortes, arrocho e descaso. É a mesma situação no Rio de Janeiro, em Brasília, no Ceará e em todos os lugares onde, com muita luta, faz-se educação superior de qualidade. Os cortes nos orçamentos têm impedido a efetiva realização das atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão, bem como exaure a assistência estudantil, conquista que, nos últimos anos, permitiu aos estudantes das classes desfavorecidas permanecerem nos cursos.

Entretanto, a corja elitista, que deseja ver a universidade pública, gratuita e de qualidade destruída, em meio à dor e consternação de todos, lançou-se ao trabalho de difamar a gestão da UFRJ e seus servidores, bem como ao serviço público em geral, imputando-lhes uma culpa sobre a tragédia, que, todos sabem, é resultado da política de austeridade que o governo impõe. Carlos Marum, esse ser grotesco, em defesa do golpismo, tem o desplante e a cara de pau de dizer às “viúvas do museu” que “os brasileiros devem escolher entre a cultura e a aposentadoria, entre a cultura e os direitos.”

Sabemos que o incêndio foi resultado da política assassina de Temer. Sabemos que os ataques aos servidores fazem parte da mesma ação que, no Ceará, persegue os trabalhadores da UFC por meio de um ponto eletrônico que, efetivamente, tem contribuído para a ampliação do assédio e para a deterioração das condições de trabalho, ao mesmo tempo em que se posterga a implantação das 30h.

A mesma política que na UFCA já fechou um campus e tem impedido a realização efetiva da implantação de uma universidade voltada para as demandas do sertão cearense. A mesma política que tenta descaracterizar o projeto de internacionalização da UNILAB, que impõe seguidamente reitores pró-tempore seguindo a linha do golpismo de Temer, onde o atual desrespeita o órgão máximo de deliberação da universidade impedindo a realização da sessão que discutiria a realização de tão esperada eleição para reitoria da UNILAB.

Chega de golpe! O SINTUFCE vem, por meio desta nota, estender sua solidariedade aos lutadores da UFRJ e a todos os que se colocam no enfrentamento contra essa política que debilita nossa educação, nossa saúde e retira nossos direitos. Repudia todos os ataques e as fake news plantadas pela direita e reafirma sua disposição de luta em todas as frentes para defender as universidades federais cearenses, pois o servidor técnico-administrativo da UFC, UFCA e UNILAB realiza e possibilita as atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão nas universidades e as defende com unhas e dentes, na luta, sejam no Ceará, sejam no Rio de Janeiro, pois onde se fizer necessário dar combate aos ataques, nos faremos presentes!

30h já! Contra o Golpe! Eleições paritárias já! Em defesa da Universidade pública, gratuita e de qualidade!

 

Diretoria Colegiada do Sintufce