Frustração. Essa palavra expressa o sentimento dos TAE de todo o Brasil. Após um ano de discussões, debates, da construção de uma proposta de PCCTAE que a FASUBRA apresentou ao governo, carregada de esperanças e expectativas, chegamos ao final da mesa de negociação específica da mesma forma que iniciamos: com o governo ignorando a importância das técnicas e técnicos administrativos em Educação.
O governo tem agido de forma dúbia para conosco. Afirma valorizar a educação, anuncia expansão das instituições, no entanto, ignora completamente a necessidade de valorizar essa categoria, que é fundamental para o funcionamento e a realização das atividades das universidades.
Camilo Santana, ministro da educação, que parece muito mais preocupado em agradar Lemann e outros tubarões da educação privada, que defender a educação pública, gratuita e de qualidade, em seus discursos, nem sequer menciona os TAEs. Sinais de que estamos longe de ser prioridade.
Dito isso, a categoria precisa tomar uma atitude. O SINTUFCE atuou de forma a ampliar o debate com a base. O GT de carreira foi realizado de forma híbrida, trazendo contribuições valiosas da base para a proposta do PCCTAE da FASUBRA. Deu início às assembléias híbridas que permitiu que muitas companheiras e companheiros pudessem tomar parte das decisões da categoria. Sempre e em toda parte, buscamos ampliar a participação, entendendo que a base deve decidir os caminhos a seguir.
E agora, precisamos novamente tomar uma decisão. Para que esse gosto ruim da decepção que ficou entalada na garganta possa ser desprendido pelo grito da revolta.
Precisamos, novamente, nos reunir em assembleia e deixar que toda a sociedade ouça a nossa voz. O momento agora é de luta. Uma luta que precisa ser feita, não só nas redes sociais, mas nas ruas, saindo dos departamentos e dos locais de trabalho, enfrentando àquelas e àqueles que nos querem calados e passivos.
Não há porque desanimar. O que estamos fazendo, camaradas, é política. E a política tem o momento de debater e formular. Mas também tem o momento do enfrentamento, do embate. O momento da luta. Então venham construir conosco.
Teremos três assembleias. Uma na UFCA, outra na UNILAB e por fim, na UFC. Esses são os momentos que precisamos construir, mostrar a nossa unidade e a nossa força e fazer com que o Novo PCCTAE seja, como tudo o que obtivemos, conquistado!
Sem Reformulação, vamos parar a educação!