2025 está chegando em seu sexto mês e as lutas de classe no Brasil estão fervendo. O cão de caça dos interesses das classes dominantes segue latindo alto, esbravejando por anistia para os golpistas do 08 de janeiro e, seus brucutus no parlamento, atacam direitos, perseguem parlamentares de luta, como Glauber Braga e outros, cujos mandatos estão voltados para a defesa da classe trabalhadora. A pauta negacionista está firme, com projetos de lei nitidamente anti-ciência. Vimos ainda machismo e misoginia no ataque à ministra Marina Silva, por aqueles cuja sanha é passar a boiada sobre o meio-ambiente.
Já em relação às universidades, o ataque veio em bloco por parte da imprensa: Folha, Estadão, Globo e outros medalhões da mídia brasileira simplesmente esquecem o papel e a missão da universidade pública e fazem aquilo que sabem fazer melhor: espalham mentiras e deturpam a atuação de docentes, técnicos e estudantes. Interessante que a imprensa, que busca tanto ouvir o outro lado, em relação à extrema-direita, a ponto de normalizar o bolsonarismo como opção para eleição de 2026, não abriu um único espaço ao contraditório. O grande incômodo foi o fato da recomposição do orçamento das Instituições Federais de Ensino Superior, afinal, enquanto a situação era de penúria, estava tudo bem, afinal, o mercado estava recebendo o que devia ir para a Educação.
Como vimos, a ofensiva burguesa veio com tudo. Mas do lado de cá, chama a atenção as lutas que se levantam: os trabalhadores de plataformas de aplicativos, a educação e muitos outros. As trabalhadoras e trabalhadores terceirizados da UFC, também se mobilizam para garantir seus direitos, a quem nós do SINTUFCE estendemos nossa solidariedade irrestrita, entre outras categorias.
Aqui, em Fortaleza, ainda chama a atenção o movimento grevista dos trabalhadores da construção civil. Enfrentando uma parte da elite cearense, poderosa tanto pela riqueza arrancada aos trabalhadores, quanto pelas ligações políticas, os peões da construção civil teimam em peitar as dificuldades, a repressão policial e a truculência dos patrões realizando uma de suas maiores greves em anos. E, diferente do que apregoam os lacaios da burguesia, são trabalhadores da iniciativa privada e não do serviço público, que cruzam os braços e seguem aguerridos.
Tão aguerrido, que ocupa com seus atos e assembleias, a Praça Portugal, que nos últimos anos era palco das deploráveis manifestações da extrema-direita. Fica a lição: Fortaleza pertence aos que trabalham e a extrema-direita não pode ter espaço algum na cidade. Quando no 1º de maio passado decidiu-se fazer o ato na Praça Portugal, alguns estranharam. Mas a opção mostrou-se a mais correta, agora que vemos tremular as bandeiras de luta dos trabalhadores da construção civil.
Neste momento, as lutas que se travam devem ser apoiadas por todas e todos que desejam trilhar o caminho que nos levará a um país melhor, mais justo e mais democrático, com uma universidade que siga pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.
Todo apoio à greve da Construção Civil!
Pela unificação das lutas das trabalhadoras e trabalhadores do campo e das cidades, da iniciativa privada e do serviço público!
SINTUFCE, o sindicato de todas as caras, de todas as cores e de todas as lutas!
