Os servidores técnico-administrativos em educação (TAE), docentes e estudantes estão determinados a continuar a parceria solidificada durante a greve nas universidades e institutos federais. Essa aliança foi fundamental para a defesa da educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada. Para fortalecer ainda mais essa união, foi instituído nesta quinta-feira, 4 de julho, em uma reunião nos jardins da Reitoria da UFC, o Fórum Cearense em Defesa da Educação Federal.
O fórum irá se reunir periodicamente para discutir e planejar ações contínuas em defesa das instituições federais de ensino no Estado, garantindo que a mobilização e o apoio mútuo perdurem além dos momentos de crise.
Quem faz parte
O Fórum Cearense em Defesa da Educação Federal é formado pelo Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (SINTUFCE), pela Associação dos Docentes da Universidade Federal do Ceará (ADUFC), pelo Sindicato dos Servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (SINDSIFCE); pelos Diretórios Centrais dos Estudantes (DCE) da UFC e do IFCE, e por de representantes locais de três entidades nacionais: Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES) e Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA).
Movimento mais forte
Há um consenso de que o movimento de greve se tornou mais forte quando as categorias encontraram unidade. A direção do SINTUFCE, por exemplo, avalia que as atividades mais fortes de toda a greve foram idealizadas e realizadas pelo comando unificado, que trazia as categorias em greve para decidirem e definirem atividades conjuntas. “E a expectativa é justamente essa: que a gente possa tornar algo que foi iniciado na greve em algo permanente”, espera Wagner Pires, coordenador geral do SINTUFCE. “Que esse fórum possa conjugar o que temos de melhor em termos de combatividade e de experiência de lutas. Não é à toa que, encerrada a greve e assinado o acordo, na semana seguinte, o governo federal já anunciou cortes pesados nas áreas sociais e aí mostra a necessidade de estarmos sempre vigilantes, sempre prontos para dar respostas quando quiserem tocar nas nossas universidades”.
Fórum estratégico para os TAE
Ainda segundo o coordenador geral do SINTUFCE, o acordo que finalizou a greve tem uma série de pontos que precisam ser regulamentados, como Grupos de Trabalhos com entregas previstas até o final do ano. “Para que a gente possa desfrutar de conquistas como RSC e as 30 horas é muito importante a gente manter essa vigilância”, avalia.
Wagner também espera que o Fórum possa agregar também servidores do Cariri e do Maciço de Baturité, com companheiros da Unilab e da UFCA.