As universidades precisam estar à serviço da sociedade. Mas acima de tudo deve zelar pelo bem estar das mulheres e homens em toda parte. Esse é o sentido de ciência universal que estas devem buscar.
Dito isto, faz-se necessário que docentes, estudantes e técnicos possam atuar nas universidades com a mais ampla autonomia para ensinar, pesquisar e estabelecer as pontes da universidade com a sociedade de acordo com valores éticos e morais engajados com o progresso da humanidade.
Portanto, é com um sentimento de horror que assistimos à intervenção das autoridades dos Estados Unidos contra estudantes que protestam contra a guerra em andamento na Palestina. Esta, há muito, perdeu o caráter de respostas aos ataques do Hamas e se voltou contra a população civil palestina, gerando em todo o mundo protestos que pedem pelo cessar-fogo.
A Universidade não pode ficar inerte quando vê o massacre, seja ele qual for. Expressamos nossa solidariedade aos camaradas atacados e perseguidos por exercerem seu direito à manifestação.
Aprovada em Assembleia Geral da base do SINTUFCE essa moção de solidariedade aos estudantes, às trabalhadoras e trabalhadores das universidades americanas duramente reprimidos pelo governo dos Estados Unidos, é também parte importante da nossa greve ao reafirmar a autonomia universitária, sempre atacada pelas forças conservadoras que negam a ciência e não suportam a diversidade e o pensamento divergente.
Que os povos palestinos e israelenses possam encontrar o caminho para a paz e a convivência. Que as universidades possam seguir livres para exercer suas atividades sem a intromissão do capital ou do Estado.
Lutar não é crime!
Aqui, nós, Técnicas e Técnicos Administrativos em Educação seguimos em greve e na defesa da Universidade Pública, Gratuita, de Qualidade e comprometida com o social.
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Criador: Manfred Werner
Crédito: Manfred Werner
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