Nota de repúdio – professores perseguidos pela Gestão da UFC

A posse do Interventor foi um golpe na democracia universitária. A UFC se viu, de uma hora para outra, às voltas com um interventor. Já se esperava isso de Bolsonaro e sua trupe de fascistas e generais de pijamas. O que não se esperava era que parte da UFC capitulasse diante de uma gestão imposta pelo bolsonarismo para implementar sua política de destruição do Ensino Superior Público.
De lá para cá, somos vítimas de esbirros autoritários de quem ocupa o Casarão do Gentil, mas os servidores técnicos, docentes e os discentes que têm apreço pela democracia universitária não deixaram uma vez sequer de dar sua resposta para cada manifestação antidemocrática, advinda do interventor.
Assim, mais uma vez é hora de cerrar fileiras com os que lutam, para dizer que não aceitamos as perseguições políticas que se articulam em nossa universidade.
No momento em que precisamos lutar em defesa do serviço público para derrotar a Reforma Administrativa, a gestão da UFC quer cercear a luta e os lutadores. Imagina, se o fim da estabilidade passa, sonho de políticos corruptos e pelo que estamos vendo de certos gestores universitários, para quem o diálogo só é aceitável se for para dizer sim a toda e qualquer mirabolante ideia que saia de sua mente “iluminada”.
Se antes não aceitava opiniões divergentes, agora quer calar essas opiniões e até mesmo excluir da universidade quem discorda dele.
A diversidade da Universidade, senhor Interventor, garante-nos o direito a esse espaço! A Pluralidade da Universidade, senhor Interventor, nos dá direito a dizer não a quem deseja ser tirano. Nossa luta é por mais democracia, é por mais vozes a serem ouvidas é para que aqueles que até então eram invisíveis aos olhos da sociedade, possam encontrar sua visibilidade e sua voz na universidade. E aqueles que não podem suportar isso, porque desejam que a universidade se torne espaço de exclusão é quem deve dar espaço a liberdade. Que já está por aí, pelos campi, apesar do interventor, apesar de Bolsonaro.
Por isso o SINTUFCE manifesta seu apoio aos professores da Faculdade de Direito que neste momento estão sendo perseguidos:
Cynara Mariano, Gustavo Cabral, Newton Albuquerque, Beatriz Xavier e Felipe Braga. A todos os professores, técnicos e estudantes ameaçados e perseguidos por defender a UFC da sanha autoritária, das atitudes antidemocráticas: A luta de vocês é a nossa luta! Sempre! Nossa solidariedade a todos os que lutam!

Diretoria Colegiada do SINTUFCE