O serviço público que queremos!

Leia o artigo de Telma Araújo na edição de hoje do jornal O Povo

 

Desde a década de 1990, verificamos um grande esforço da Administração Pública em profissionalizar e modernizar o serviço prestado, aprimorando a sua atuação. A partir disso, a questão gerencial cresce em importância, uma vez que é preciso responder proativamente às propostas governamentais e demandas sociais.

A retroalimentação entre prestadores de serviços públicos e sociedade é decorrente dos processos tecnológicos e produtivos de novos saberes, que passaram a ser importantes elementos avaliativos na gestão pública, provocando uma reflexão nos trabalhadores sobre a necessidade da busca contínua do autodesenvolvimento para o desempenho das suas competências. No caso das universidades, pensar uma política em Gestão de Pessoas eficiente e eficaz para o meio acadêmico e administrativo ainda precisa ser uma prioridade. É na universidade pública onde encontramos os principais focos de desenvolvimento de pesquisas, sendo esta o polo de alavancagem do progresso científico.

Mas nem sempre isso se reflete em todas as suas unidades, em decorrência da grande diversidade e diferenciação entre administração e academia, mesmo depois da implantação do Plano de Cargos e Carreiras dos Técnico-Administrativos em Educação. A política de Recursos Humanos dessas instituições na área de treinamento é imprescindível para redesenhar o perfil de servidor, qualificando-o continuamente para o bom desempenho de suas funções.

É fundamental para a implementação do plano estratégico de cada organização que as diretrizes sejam traçadas em consonância com o Plano de Desenvolvimento Institucional, por meio do qual novas formas de ensinar e gerir e outras linhas de pesquisa e extensão podem ser desenvolvidas. Nessa perspectiva, as universidades passam a ter instrumentos de gestão que promovem os trabalhadores ao desenvolvimento profissional contínuo e à percepção de que são sujeitos no processo de trabalho e na carreira, por meio da participação no planejamento e na avaliação institucional, do desempenho e da capacitação, necessários ao cumprimento dos objetivos da instituição.

Essa nova realidade fomenta a implantação da Gestão por Competências como modelo estratégico para o serviço público que queremos. Esta possibilitará a transformação necessária da organização e dos processos de gestão de pessoas, com impactos decisivos nas principais atividades da gestão da carreira, avaliação de desempenho e desenvolvimento profissional aliado à razão de ser da organização.

Telma Araújo do Nascimento

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Servidora da Universidade Federal do Ceará, especialista em Administração de RH/UFC e mestre em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior/UFC

 

ARTIGO PUBLICADO NA EDIÇÃO DE HOJE (1/10) DO JORNAL O POVO. 

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