Em um país cuja as origens estão intrinsecamente ligadas à exploração do trabalho de escravizados indígenas e negros, que permanece com práticas análogas a escravidão, de forma berrante em todas as suas regiões, você defender o fim da escala 6×1 é contrariar uma lógica de exploração das classes dominantes que permanece ao longo dos anos.
Na última eleição, candidatos da extrema direita que falavam com as trabalhadoras e trabalhadores chamando de “mãezinha” e de “paizinho”, mostram sua verdadeira face de inimigos dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores quando se recusam a assinar a PEC pelo fim da semana de trabalho 6×1, que permitiria que “paizinhos” e “mãezinhas” tenham mais tempo para ficar com seus filhos.
Precisamos avançar. Não só acabar com a escala 6×1, como também implementar a jornada de 30 horas sem redução de salários. Esses avanços farão com que nosso país possa sair dessa lógica de superexploração das trabalhadoras e trabalhadores.
É um absurdo que estejamos discutindo uma semana de 40 horas, no momento em que o mundo inteiro não apenas tem uma semana de 40 horas, como já experimentam modelos de semanas de trabalho ainda menores. Por isso que o SINTUFCE faz esse chamado para a sua base, para que todas e todos possamos apoiar, construir a solidariedade de classes entre trabalhadoras e trabalhadores do serviço público e da iniciativa privada e construir um grande ato na Praça do Ferreira às 10 horas do dia 15 de novembro para dizer a todas e todos que somos a favor do fim da semana de trabalho 6×1 e, como dizemos, avançar para mais direitos, bem como para mais conquistas. A classe trabalhadora pode sim ter melhor qualidade de vida e mais tempo para sua família. Desde que arranque, por meio da suas lutas, tudo o que lhes diz respeito das mãos das classes dominantes.
SINTUFCE, o sindicato de todas as caras, de todas as cores e de todas as lutas.
Direção colegiada do SINTUFCE