O Prêmio Euro Inovação na Saúde, da indústria Eurofarma Laboratórios S.A, foi concedido à pesquisa “A pele de tilápia: um novo biomaterial para tratamento de queimaduras, feridas, cirurgias ginecológicas e medicina regenerativa”. O concurso é considerado como o mais importante da área de medicina nacional, com premiação no valor de 500 mil euros.
O estudo sobre a pele de tilápia foi realizado pelo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da Universidade Federal do Ceará sob a coordenação do professor Odorico de Moraes, que é diretor do Núcleo, e pelo médico Edmar Maciel, pesquisador do Núcleo e presidente do Instituto de Apoio ao Queimado (IAQ), do Instituto José Frota.
O grupo de pesquisa já conquistou 14 primeiros lugares em diversos concursos e resultaram em 22 trabalhos científicos publicados em periódicos nacionais e internacionais. O grupo do NPDM formou parcerias com pesquisadores em sete estados brasileiros e sete países, totalizando 227 colaboradores atualmente.
Além do êxito obtido com a pele de tilápia no tratamento de queimados, o que ocorre desde 2015 com o uso em pacientes do IJF, a pesquisa é sucesso na aplicação da pele de tilápia na ginecologia. Já foram realizadas na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC) 17 procedimentos de reconstrução vaginal em pacientes com síndrome de Rokitansky e câncer de vagina.
No Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), quatro pacientes já foram beneficiados com o uso do material no tratamento de úlceras varicosas. Mais recentemente, em centro hospitalar fora do Ceará, a pele da tilápia também foi utilizado na pós-cirurgia de redesignação sexual de uma paciente trans, procedimento inédito no mundo.
Na ocasião, a Diretoria Colegiada do SINTUFCE parabeniza o trabalho de todos os pesquisadores do NPDM e reitera a importância de se manter a luta ativa dentro das universidades para que jamais se enfraqueça o ensino, a pesquisa e a extensão nos centros de estudos de todo o Brasil. A Universidade é o ambiente onde se constrói o pensamento e se consolida as ações que movimentam o futuro do país. Retirar direitos dos servidores e cortar os recursos na Saúde e na Educação é destruir todo o investimento que já foi realizado nas pesquisas. É importante frisar que é indissociável o tripé ensino, pesquisa e extensão da autonomia universitária (didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial), além disso a universidade é o agente prestador de serviço à comunidade, papel desempenhado, praticamente em sua totalidade, pelo servidor público. Destruir o serviço público é deixar a sociedade órfã de qualidade.
*Com informações do @ufcinforma