Chegando a quase dois meses de greve, chegam relatos de camaradas que ainda não aderiram. Medo? Se for chega a ser irracional. Diferente das companheiras e companheiros das estaduais, que enfrentam um governo que criminalizou as greves e está cortando ponto, nas nossas federais, seguimos sem corte de ponto e sem perseguição aos lutadores. Estamos em um processo de negociação forte e que por isso mesmo demanda mais atitude por parte da categoria. Precisamos aumentar a pressão. Por salário, reestruturação e em defesa da Educação.
Por outro lado, há aqueles que tendo aderido a greve, não tem comparecido às atividades de greve. Mais uma vez, há medo?
Gente, que precisa temer a greve é o governo que poderia ter nos atendido, já nas primeiras mesas de negociação. Fomos a primeira categoria a reunir em uma mesa de negociação específica. E neste momento somos a categoria que até agora só recebeu repostas evasivas e propostas que não se põe em pé nem como alegoria. Por isso é que a impressão que se tem é que o governo não tem medo da greve dos TAE.
E precisamos fazer com que o governo tenha medo da nossa greve. Mostramos do que somos capazes, no Brasil Participativo e na campanha #LulaRecebaOsTAE. Agora a gente não pode ficar só nisso. A Universidade tem que descer para rua.
Vamos juntos, tornar nossa greve uma trincheira de luta, onde unidos iremos impor uma derrota ao ajuste neoliberal representado pelo arcabouço fiscal. Vamos derrotar o centrão e a sua fome gigantesca pelo orçamento. Vamos enfrentar os especuladores e os credores da dívida que querem abocanhar o Fundo Público e deixar a nós as migalhas.
A vida requer coragem. Coragem para não ter medo da greve. Quem tem que temer a nossa greve tem que ser todos os que desejam deixar à mingua os TAE e as nossas universidades!
Sabemos que na UNILAB, na UFCA e na UFC, somos muitos. Mas temos que agir como um só. E reafirmar a proposta de carreira que a própria base elaborou e aprovou nas Plenárias da FASUBRA. E o compromisso do SINTUFCE é esse: ir até o fim na defesa de melhores condições de vida, estudo e trabalho, uma postura que se traduz na defesa das nossas universidades!