Para mim parece muito simples, mas mais uma vez, eu não sou uma pessoa bem formada.
Parece que existem duas classes […] apenas duas classes. […]
E quem não está de um lado, está do outro…
John Reed, em “Os dez dias que abalaram o mundo”
A mesa do dia 21/05 pareceu uma repetição da mesa do dia 19/04. Se comédia ou tragédia, essa repetição de mesa foi grotesca. E ainda mais porque expôs posturas que merecem todo o nosso repúdio. Patrão é patrão. Trabalhador é trabalhador. E para nós, TAEs, o governo é patrão. Não podemos de forma alguma confundir as coisas.
A proposta colocada na mesa, merece apenas a lata do lixo. O governo levou mais de trinta dias para nos apresentar sofríveis migalhas. E o que faz uma diretora da FASUBRA, que se identificou como “representante do Campo Cutista”? Afirma que “houve avanços” e que é preciso “compreender o governo”.
Engraçado que, nesta greve, estamos ouvindo muitos camaradas falando de suas experiências, de seus enfrentamentos com o governo. Respeitamos a história de cada camarada pois, diferente do que se possa pensar, cada experiência individual construiu coletivamente a história do SINTUFCE. E é por essa história, pelo respeito a ela, que devemos repudiar de forma contundente a postura da coordenadora, Cristina Del Papa.
Não foi um jovem inexperiente que se portou de forma totalmente equivocada, para dizer o mínimo. Quem o fez foi um experiente dirigente!
Que se traga a discussão para a base, defenda-se o que quiser na base. Mas nas mesas de negociação, representando a categoria, defende-se o que estas mesmas bases aprovaram.
Porque nossos sindicatos são construídos pelas bases, sempre. Neste momento vamos reafirmar a proposta da FASUBRA, sim! E exigimos respeito à democracia sindical, que aponta que devemos, todas e todos, unidos, defender o que os fóruns da categoria decidirem!
A GREVE CONTINUA!