Servidores técnico-administrativos em Educação (TAEs) da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) se reuniram, na manhã desta quarta-feira (27), no Auditório da Reitoria da UFC, para tirar as principais dúvidas sobre a proposta de reestruturação da carreira apresentada pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA). Na ocasião, Cláudia Lossio, que integra a coordenação da FASUBRA, fez um breve relato sobre o andamento das discussões no Grupo de Trabalho (GT) que trata da reestruturação do plano de cargos e carreiras (PCCTAE).
De acordo com ela, o grupo, formado por representantes da categoria e integrantes do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), deve finalizar os trabalhos e apresentar um relatório final ainda nesta quarta-feira (27). A perspectiva é que o documento seja encaminhado ao ministro da Educação, Camilo Santana, que ficará responsável por apresentar a demanda à ministra Esther Dweck (MGI).
Sobre o PCCTAE, Cláudia lembrou a luta dos TAEs pela reestruturação da carreira, com a produção de diagnósticos da categoria, mobilizações que garantiram o primeiro lugar no eixo Educação do Programa Brasil Participativo e pressão para instalar a mesa de negociação específica sobre a carreira. “A nossa greve é para que o Governo [Federal] separe o orçamento que nós precisamos para a nossa carreira”, reforçou.
Os principais pontos apresentados na proposta da FASUBRA, e que estão em discussão no GT da reestruturação, são: redução de 5 para 3 níveis de classificação (A/B, C/D e E); vencimento básico do nível E como valor de referência, sendo o vencimento dos níveis C/D de 60% do E e, para os níveis A/B, 40% do nível E; aceleração da progressão por capacitação em 8 níveis; redução do interstício de 18 para 12 meses; Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), 19 padrões de vencimento básico; e ampliação dos percentuais de incentivo à qualificação. A apresentação do painel foi transmitida ao vivo pelo canal do SINTUFCE no YouTube (https://www.youtube.com/watch?v=CSNAcsxyKdA).
Também pela manhã, TAEs dos campi da UFC em Russas, Crateús, Itapajé, Quixadá e Sobral realizaram uma reunião virtual em conjunto para discutir sobre o andamento da greve e articular agendas em comum.
À tarde, o Comando Local de Greve (CLG) se reuniu no Auditório da Reitoria para finalizar a elaboração de um documento específico sobre as atividades essenciais durante a greve dos TAEs da UFC. O documento reúne um protocolo com orientações gerais para a manutenção de 30% dos serviços considerados essenciais por lei, a exemplo de atendimentos médicos, odontológicos e psicopedagógicos de urgência, a manutenção elétrica, hidráulica e estrutural de caráter emergencial, a alimentação e o bem-estar de animais de laboratórios de pesquisa, a continuidade da assistência estudantil e demais processos seletivos de editais publicados antes de 15 de março deste ano. Após a aprovação, o documento será encaminhado à administração superior e às chefias das unidades acadêmicas e administrativas até o final deste mês.
Na sequência, foi votada a agenda de atividades da greve da primeira semana de abril, que incluirá visitas técnicas a setores da Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem (FFOE), do Centro de Tecnologia e do Campus da UFC em Crateús. Na próxima segunda-feira (1º), a partir das 9h, ocorrerá o Seminário “64 – razões para não esquecer”, em referência aos 60 anos do golpe militar de 1964. Já na quarta-feira (3), durante a manhã, haverá ato unificado com outras categorias do funcionalismo público federal em favor da reestruturação das carreiras. Na quinta (4), membros do Comando Local de Greve se reunirão com o reitor da UFC, Prof. Custódio Almeida, e, na sexta (5), os servidores TAEs farão parte de uma campanha de doação de sangue no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (HEMOCE).
Texto e imagens: Comando Local de Greve TAE/ UFC