Na manhã desta sexta-feira (28), os servidores Técnico-Administrativos em Educação (TAE) da Universidade Federal do Ceará (UFC) realizaram uma assembleia coordenada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (SINTUFCE), na qual foi aprovada a deflagração do estado de greve. A decisão segue as deliberações da Plenária Nacional da FASUBRA, realizada entre os dias 14 e 16 de março, em Brasília.
A mobilização dos servidores TAE é nacional e definiu a data indicativa de 1º de abril de 2025 para o início do estado de greve. A Unilab e a Universidade Federal do Cariri (UFCA) já haviam aprovado a medida em assembleias realizadas na última quarta-feira (26).
De acordo com Cássia Araújo, coordenadora de Administração e Finanças do SINTUFCE, a adesão demonstra a força da categoria:
“Hoje tivemos mais uma assembleia vitoriosa. Isso significa dizer que os servidores realmente estão atentos, estão mobilizados, sabem o que querem. O que a gente aprovou hoje foram duas deliberações da plenária da FASUBRA, dentre elas a paralisação todas as vezes que o governo se reunir com a federação para negociar e também o estado de greve.”
Cobrança ao governo federal
A categoria reivindica o cumprimento integral do acordo que encerrou a greve nacional de 110 dias em 2024. Além disso, a insatisfação aumentou após o cancelamento, sem justificativa, da reunião entre a Comissão Nacional de Supervisão da Carreira TAE do Ministério da Educação (CNSC-MEC) e o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), que estava agendada para esta sexta-feira (28). Para os servidores, a negociação é essencial para garantir avanços nas demandas da categoria.
Diante desse cenário, foi realizada nesta nesta sexta-feira, uma paralisação dos servidores TAE da Unilab e da UFC com o objetivo de pressionar pela reabertura do diálogo e assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos pelo governo.
A assembleia desta sexta-feira contou ainda com um café da manhã coletivo e com informes da luta sindical. as atividades aconteceram no jardim da reitotoria da UFC.
O que é estado de greve?
Diferente do indicativo ou da deflagração de greve, o estado de greve é um alerta aos governantes sobre a possibilidade de paralisação total. Durante esse período, as atividades laborais – ensino, pesquisa e extensão – continuam, mas os servidores intensificam suas ações de luta e mobilização. O momento também é aberto à participação de estudantes e professores, ampliando o debate sobre a pauta da categoria.
“Estado de greve não significa que iremos efetivar uma greve, mas tem o objetivo de mostrar para o governo que nós não estamos de braços cruzados. É importante lembrar que estamos atentos. Ninguém está aqui para blindar o governo. Precisamos ter essa consciência para seguirmos na luta”, ressalta Cássia Araújo.
Chamado à participação
Para fortalecer a mobilização, a direção do SINTUFCE reforça a necessidade de uma maior participação dos servidores nas assembleias e paralisações futuras.
“A gente precisa se mobilizar mais, porque o governo não brinca. A direção do SINTUFCE faz um chamamento para que nas próximas assembleias ou paralisações os servidores possam atender o chamado. O sindicato não se faz com a direção, o sindicato se faz com todos os servidores fortes e unidos”, enfatiza Cássia Araújo.
O SINTUFCE segue firme na luta, convocando todos os servidores a se manterem mobilizados e presentes em todas as etapas desse processo de reivindicação.
