Em uma assembleia híbrida, que contou com a participação remota e presencial de servidores e servidoras da Universidade Federal do Cariri (UFCA), a categoria decidiu pontos importantes da luta dos técnicos administrativos em educação da instituição de ensino nesta terça-feira (27),
“A base entende muita a necessidade de fazer uma pressão maior para que o governo atenda aos anseios dos trabalhadores, entende a necessidade da greve, mas deseja acumular mais força”, resume o coordenador geral do SINTUFCe, Wagner Pires.
Foram aprovadas mobilizações e atos até o dia 09 de março, quando ocorrerá a plenária da Fasubra. “Após isso, deve ser construída uma Assembleia Geral da Educação Federal com estudantes e docentes da UFCA e do IFCE, em parceria com o Sinasefe Cariri. Também queremos mobilizar a ADUFC para que, nessa Assembleia Geral, a gente possa aprovar uma grande greve dos trabalhadores e trabalhadoras da educação no Cariri”, explica.
Gedeão Correia, coordenador de campi avançado do SINTUFCe, foi escolhido na assembleia desta terça-feira para representar o Cariri na plenária da Fasubra. “A expectativa é de que a plenária da Fasubra possa organizar as bases, deixando claro nossos objetivos, o que só amplia a greve fazendo com que seja um movimento forte e que conquiste nossa vitória. E o SINTUFCE tem muito a contribuir na plenária”, revela.
Cenário de luta
A direção da FASUBRA, representando os trabalhadores técnico-administrativos de todo o país, esteve reunida em Brasília na última quinta-feira (22) para discutir no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a proposta orçamentária do governo para o Plano de Carreira da categoria (PCCTAE).
Enquanto isso, foram realizadas ações em vários estados e mobilização no Distrito Federal, inclusive no Ceará, onde a categoria se reuniu no jardim da Reitoria da UFC, em Fortaleza. Estudantes de vários estados estiveram em Brasília realizando ações em defesa da Educação, inclusive em busca de investimento, orçamento para Universidades Públicas e Institutos Federais.
Na reunião, o governo apresentou a mesma proposta apresentada no dia 18 de dezembro de 2023, com 9% de aumento divididos em 2025 e 2026 e reajuste zero para 2024.
A FASUBRA argumentou que se a Educação é prioridade do governo, como tem sido dito na propaganda oficial, a valorização dos trabalhadores é fundamental. Inclusive essa também é parte da propaganda. Porém, com 9% divididos entre 2025 e 2026, sem nenhum valor para 2024, não se vê valorização nem da Educação, nem dos trabalhadores.
Durante a reunião no Ministério, os representantes da FASUBRA apresentaram o calendário de mobilização e disseram que a categoria está com greve prevista para o dia 11 de março, e que a ausência de negociação com o governo não deixa outra alternativa para os trabalhadores, particularmente diante do fato de que os 9% não são suficientes sequer como reajuste salarial.
Mobilização para greve
Diante da ausência de proposta e falta de avanço nas negociações, a greve prevista para o dia 11 de março precisa ser organizada. A direção da FASUBRA vai se reunir com as entidades de base e todo o processo para a deflagração de greve deverá ser iniciado, como questões burocráticas, assembleias na próxima semana e comunicado às reitorias. Mas, principalmente, a mobilização de todos os trabalhadores para pressionar o governo e garantir um movimento forte em defesa da carreira do PCCTAE