Servidores da UFCA, UFC e Unilab permanecem em greve

Servidores técnico-administrativos em educação (TAE) das três universidades federais instaladas no Ceará (UFCA, Unilab e UFC) se reuniram em assembleias na manhã desta quinta-feira (27). Os trabalhadores estão em greve desde 15 de março e reivindicam uma reposição salarial e a reestruturação do PCCTAE, o plano de cargos e carreiras da categoria. 

A pauta das três assembleias girou em torno da aprovação da minuta do termo de acordo para a assinatura e finalização da greve. O documento reúne os pontos discutidos nas mesas de negociação pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), pelo Comando Nacional de Greve (CNG) e pela direção da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra). O SINTUFCE – Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará é filiado à Fasubra.

O CNG e a Fasubra solicitaram ao governo algumas correções na minuta de acordo para contemplar os anseios das bases sindicais Brasil afora. “Por conta de toda a conjuntura, de todos os fatos que vêm acontecendo nos últimos dias, e com a assinatura do nosso acordo, tivemos que fazer mudanças nas datas das assembleias. Precisamos que as pessoas participem dessas assembleias para que possamos aprovar ou não esse acordo”, explica a coordenadora de administração e finanças do SINTUFCE, Alrineide Pereira. 

UFCA e Unilab rejeitam minuta

Na Universidade Federal do Cariri (UFCA), os servidores se reuniram no miniauditório Bárbara de Alencar, no Campus de Juazeiro do Norte, quando rejeitaram, por unanimidade, a minuta do acordo e aprovaram por ampla maioria a permanência na greve.

O mesmo ocorreu com os servidores da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), que votaram pela continuidade da greve e rejeitaram a minuta do acordo. Eles participaram de uma assembleia híbrida, com alguns participantes reunidos no auditório do SINTUFCE e outros participantes online.  

“Uma resposta à altura, pela falta de compromisso do governo, que, demorando a entregar essa nova minuta, achou que a gente ia assinar um documento em branco para que depois eles fizessem os ajustes necessários. A nossa base se viu na situação de rejeitar porque não tem a mínima condição de ser aceito o documento como estava”, avalia o coordenador de campus avançado do SINTUFCE, Gedeão Correia .

UFC adia discussão 

Na Universidade Federal do Ceará (UFC), a assembleia estava encaminhando para rejeitar a proposta quando os trabalhadores receberam a minuta do acordo já corrigida. Contudo, a mesa encerrou a assembleia sem votação porque a base entendeu que é preciso de mais tempo para apreciação do documento antes de votar. Uma nova assembleia foi marcada para a próxima segunda-feira, 1º de julho, às 08:30, no jardim da Reitoria.