Servidores realizam paralisação na UFC e Unilab

Durante o ato, SINTUFCE realizará palestras e debates nos campi da Unilab, do Porangabussu e na Reitoria da UFC a partir das 9h.

A universidade Federal do Ceará (UFC) e a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), em Redenção, irão paralisar suas atividades nesta quarta-feira (06/07), em protesto ao Projeto de Lei Complementar (PLP 257/16), atual PEC 241. A medida do governo federal ataca diretamente os direitos sociais já conquistados pelos servidores públicos com o congelamento de salários, cortes de benefícios de servidores por meio de Programas de Demissão Voluntárias (PDV) e proposta de reforma da Previdência.

 

De acordo com Keila Camelo, coordenadora geral do SINTUFCE, os servidores estão sob ameaça de descumprimento do reajuste de 10,8%, com liberação da 1ª parcela (5,8%) em agosto. “O Senado Federal está ameaçando descumprir esse acordo e ainda que retirar todos os reajustes salariais dos servidores conquistados a duras penas na última greve de 2015″, garantindo apenas o reajuste do Poder Judiciário”, frisou.

 

Segundo a direção colegiada do SINTUFCE, se esse acordo não for cumprido, a categoria pretende, a partir dessa paralisação, entrar em estado de greve, com possibilidade de deflagrar uma greve por tempo indeterminado. “Por isso, estamos convocando todos servidores das universidades federais no Ceará a paralisarem as atividades em protesto a essa política de desmonte, desvalorização e de negação dos direitos dos trabalhadores conquistados na última greve, para garantir que nossos direitos não sejam retirados”, destacou. A coordenadora lembra ainda que o governo Temer não estará concedendo nenhum reajuste novo mas apenas um acordo da greve de 2015. “Não é dinheiro novo. São recursos já previstos e garantidos no orçamento. Por isso, o governo só tem que cumprir o que foi acordado”, concluiu.

 

Ato de paralisação em Fortaleza

 

O ato de paralisação na capital contará com uma programação de palestras e debates voltados para a categoria, a partir das 9h, no Campus do Porangabussu, com a discussão sobre o caos nos hospitais universitários após a criação da Ebserh – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, reforçando a luta da categoria pela revogação da Lei 12.550 que também estará no centro da paralisação e de uma possível greve geral.

No período da tarde, a partir das 14h, a programação continua, no pátio da Reitoria da UFC, com um debate com centrais sindicais e outros convidados, sobre conjuntura nacional e perspectivas para o Brasil pós-impeachment e o polêmico pacote de medidas do Projeto de Lei PLP 257/16 (PEC 241), que representa um ataque frontal a uma série de direitos conquistados pelos servidores.

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