Servidores TAE da UFC definem representantes para a Comissão Eleitoral da Diretoria Colegiada do SINTUFCE

assembleia ufc 25 de abril de 2025

Nem mesmo a forte chuva que caiu em Fortaleza na manhã desta sexta-feira, 25 de abril, impediu a mobilização dos servidores técnico-administrativos em educação (TAE) da Universidade Federal do Ceará (UFC). A categoria compareceu em peso à assembleia convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (SINTUFCE), realizada no jardim da Reitoria da UFC, demonstrando disposição para fortalecer a democracia sindical mesmo diante das adversidades.

Durante a assembleia, além dos informes sobre a conjuntura e a luta sindical, foi definida a composição da Comissão Eleitoral responsável por conduzir o processo de eleição da nova Diretoria Colegiada do SINTUFCE, prevista para ocorrer no mês de junho.

Três chapas se inscreveram para compor a Comissão Eleitoral:

  • Chapa 1 – “Somos Todos SINTUFCE”

  • Chapa 2 – “Travessia/TAES na Luta”

  • Chapa 3 – “Ideias & Diálogos”

Com 214 votos válidos, o resultado foi o seguinte:

  • Chapa 1: 78 votos (36,45%) – 4 representantes e 2 suplentes

  • Chapa 2: 95 votos (44,39%) – 5 representantese 3 suplentes

  • Chapa 3: 41 votos (19,16%) – 2 representantes e 1 suplente

Foi deliberado que cada chapa deve encaminhar ao SINTUFCE, até a próxima segunda-feira, 28 de abril, os nomes de seus representantes e suplentes.

Assembleia participativa

A mesa da assembleia foi conduzida por três diretoras do sindicato, todas servidoras TAE da UFC: Cássia Araújo e Alrineide Pereira, coordenadoras de Administração e Finanças, e Ana Maria Lima Dias, coordenadora de Educação e Cultura.

Para Alrineide Pereira, a assembleia foi uma demonstração de força da categoria:

“Foi uma assembleia muito participativa, que é um termômetro para as eleições que já estão se aproximando. Mesmo com chuva, os servidores e servidoras compareceram presencialmente e online, conscientes da importância desse momento.”

Já Cássia Araújo destacou o caráter simbólico do processo:

“A Assembleia de hoje representa um verdadeiro pontapé inicial para um novo tempo no nosso sindicato. Assim como no congresso que realizamos após 15 anos, agora vivenciamos mais um marco de renovação e participação. A formação da Comissão Eleitoral é essencial para garantir a lisura do processo e reafirma nosso compromisso com a democracia sindical.”

Ela também pontuou que o processo eleitoral ocorrerá em meio a um cenário difícil para os trabalhadores e trabalhadoras:


“Seguimos firmes, mesmo diante da não integral implementação do acordo de greve pelo governo federal. Estamos otimistas de que a próxima gestão do SINTUFCE continuará avançando nas lutas e conquistas. Avançar é a palavra de ordem. Retroceder, jamais.”

Assembleias na UFCA e na Unilab

Além da UFC, os servidores e servidoras da Universidade Federal do Cariri (UFCA) e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) também escolherão seus representantes para a Comissão Eleitoral por meio de assembleias locais, marcadas para a próxima terça-feira, 29 de abril.

Na Unilab, a assembleia será realizada no Campus das Auroras, na sala 309 do Bloco C, onde funciona o Laboratório de Biologia Geral. Na UFCA, a reunião será na sala M05s, no campus de Juazeiro do Norte. Ambas as assembleias ocorrerão no formato híbrido, permitindo a participação presencial e online de servidores previamente inscritos.

Estado de Greve: uma resposta necessária

O processo eleitoral do SINTUFCE ocorre em meio à continuidade do estado de greve da categoria TAE, aprovado como forma de pressão política diante do descumprimento parcial do acordo firmado com o governo federal ao fim da greve nacional de 2024.

Entre os principais pontos não cumpridos estão a reestruturação da carreira via Medida Provisória e os reajustes salariais prometidos. Enquanto isso, o governo segue favorecendo o Congresso Nacional e o mercado financeiro, com emendas bilionárias e juros altos, em detrimento da educação e dos serviços públicos essenciais.

Diante disso, os TAE reafirmam que não aceitarão ser ignorados. O estado de greve é uma demonstração de que a categoria segue mobilizada, exigindo respeito, valorização e cumprimento integral do acordo assinado. A luta é pela carreira, pela universidade pública e pela dignidade das trabalhadoras e trabalhadores da educação.