O Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (SINTUFCE) está mobilizando sua base para a Paralisação Nacional do dia 11 de março, convocada pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Universidades Brasileiras (FASUBRA).
O movimento tem como principal reivindicação o cumprimento integral do Acordo de Greve assinado com o Governo Federal em 2024, além da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 e da revisão da Medida Provisória 1286/2024, que impõe uma minirreforma administrativa prejudicial aos servidores públicos.
Para discutir a adesão à paralisação e fortalecer a organização da categoria, as três universidades que compõem a base do SINTUFCE realizarão assembleias nos próximos dias. A Universidade Federal do Ceará (UFC) promoverá sua assembleia na próxima sexta-feira, 21 de fevereiro, enquanto a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e a Universidade Federal do Cariri (UFCA) realizarão seus encontros no dia 25 de fevereiro. Entre os pontos de pauta, está a deliberação sobre a participação na paralisação nacional.
Reivindicações centrais da paralisação
Os servidores técnico-administrativos em educação (TAEs) reivindicam:
- Cumprimento integral do Acordo de Greve de 2024, garantindo direitos conquistados na última negociação com o governo;
- Aprovação da LOA de 2025, necessária para viabilizar reajustes salariais e melhorias estruturais nas universidades públicas;
- Alteração da MP 1286/2024, que, no formato atual, pode comprometer a estabilidade e a valorização dos servidores técnico-administrativos;
- Implementação da jornada de 30 horas semanais, sem redução de salários;
- Garantia de investimentos nas instituições federais de ensino, garantindo seu funcionamento adequado e de qualidade.
Mobilização nacional
A paralisação do dia 11 de março é um ato estratégico para pressionar o Governo Federal e o Congresso Nacional a avançarem na tramitação da LOA e nas alterações da MP 1286/2024. Além das ações nos locais de trabalho, a FASUBRA orienta que suas entidades filiadas intensifiquem a pressão sobre parlamentares em Brasília e em suas respectivas regiões.
“No meio do caminho havia uma pedra. Havia uma pedra no meio do caminho. Esse é o sentimento de cada TAE, ao ver que fomos apanhados no meio da queda de braço entre o governo e o Congresso Nacional dominado pelos oportunistas do centrão, a extrema direita irracional e o bolsonarismo irresponsável. Fomos colhidos na tempestade perfeita da necropolítica, que não liga para o fato de que a paralisia do orçamento do governo federal prejudica a vida de milhões de brasileiras e brasileiros. Se há pedras, que as removamos, pois! Neste momento cada companheira e companheiro, que está, com razão revoltado e enojado com as negociatas espúrias, deve levar essa revolta para além da indignação muda e juntar-se com TAE de todo o Brasil, numa grande paralisação contra todas as chantagens do Centrão e pelo cumprimento total do acordo de greve. Nem a enrolação do governo deve continuar, nem a rapina dos parlamentares! Vamos parar a UFCA, a UNILAb e a UFC no dia 11 de março!”, declara Wagner Pires, coordenador geral do SINTUFCE.
O SINTUFCE reforça a importância da participação massiva da categoria nas assembleias e na construção da paralisação, destacando que a mobilização coletiva é fundamental para garantir a defesa dos direitos e a valorização dos trabalhadores das universidades públicas.