SINTUFCe adere à paralisação nacional com servidores da UFC e Unilab

Servidores técnico-administrativos se mobilizaram contra ataques do governo 

 

Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), em Redenção, aderiram à paralisação nacional realizada na quarta-feira (06/07) em defesa da saúde e educação e em protesto ao projeto de lei 257/16 (atual PEC 241), que ataca diretamente os direitos conquistados pelos servidores públicos.

 

Durante o ato de paralisação em Fortaleza, O Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (Sintufce) realizou, no período da manhã, uma palestra com o professor e médico da Universidade Federal Fluminense (UFF), Wladimir Soares, que debateu sobre os problemas que os hospitais universitários vêm enfrentando depois da implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). “Depois que a EBSERH tomou conta dos hospitais universitários, o verdadeiro caos se instalou. Pois se trata de um modelo neoliberal para a privatização da saúde e destruição do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro”, explicou.

 

Para dar continuidade ao movimento, o Sintufce promoveu, já no período da tarde, uma mesa de debates sobre o PEC 241 e a conjuntura nacional. Na ocasião, José Raimundo Soares, coordenador geral do Sindicato, juntamente com Roberto Luque, coordenador geral do SINTSEF/CE e Ênio Pontes, secretário geral da ADUFC, discutiram o Projeto de Emenda à Constituição 241/16, que prevê um congelamento dos gastos públicos por 20 anos, período em que o dinheiro será canalizado para o pagamento da dívida pública.

 

Momento pós-debate

Encerrados os debates, o SINTUFCe e participantes da paralisação nacional procuraram o Reitor da UFC para esclarecimentos referentes aos processos dos 28,86% e 3,17%. No entanto, foram recebidos pelo Vice-Reitor, Custódio Almeida, já que o Reitor Henry Holanda encontrava-se de férias. Custódio foi atencioso com todos e disse que marcará uma reunião com o Reitor para que ele preste os devidos esclarecimentos solicitados.

 

Ato na Unilab

No período da manhã, o ato de paralisação na Unilab, em Redenção, contou com a presença do professor e militante do PSOL, Ailton Lopes, que ministrou uma palestra sobre a análise conjuntura nacional, também com foco no PLP 257 (PEC 241). “Essa proposta representa um ataque não apenas o servidor público mas ao serviço público e, portanto, a toda a sociedade, que irá sofrer com cortes na educação e na saúde para atender ao pagamento de uma dívida pública montada para atender os interesses das classes dominantes”, avalia.

Conforme aponta o professor, “é preciso que nos organizemos e tomemos consciência da gravidade do que ocorre no país para podermos nos mobilizar e lutar contra esses ataques do governo”. Para o servidor da Unilab, Marcelino Guimarães, a iniciativa do Sintufce foi bastante válida e deu uma injeção de ânimo para a categoria. “A fala do Ailton foi bastante esclarecedora para conscientizar ainda mais o servidor e também reacende em nós o sentimento de mobilização e luta pelos nossos direitos”, diz.

 

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