A Coordenadoria de Desenvolvimento Familiar (Cedefam) da Universidade Federal do Ceará (UFC) realiza, de 21 a 27 de setembro, a 2ª Semana Branca da Odontologia. Com apoio do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (Sintufce), a ação social oferece prestação de diversos serviços junto à comunidade.
Dentre as atividades disponibilizadas estão atendimento na área de odontologia, autoexame para a prevenção do câncer de mama, higiene bucal, fitoterapia com informações sobre a utilização de chás medicinais, aferição de pressão e glicemia, vacinas para todas as faixas etárias, teste rápido de HIV, sífilis e hepatite, acupuntura dentre outros.
Com quase 40 anos de atendimento junto à comunidade, o Cedefam vem ao longo desses anos criando vínculos, atendendo gerações de pacientes. Vinculado à Pró-Reitoria de Extensão, o centro será oficializado, até o final deste ano, uma Unidade Básica de Saúde. A readequação da unidade para atender a comunidade agora receberá verba do Sistema único de Saúde (SUS), além dos recursos do Ministério da Educação (MEC). “Esta nova classificação certamente irá somar às atividades de ensino, pesquisa e extensão que já exercemos aqui, beneficiando a comunidade, nossa principal razão de existir”, ratifica Edgley Silva, servidora do Cedefam.
Reconhecimento e gratidão
Professores, técnico-administrativos, alunos, voluntários e pacientes homenagearam a professora Walda Moura. Com 35 anos de atuação dentro na Universidade e no Cedefam, ela irá se aposentar. Gratidão foi a palavra comum utilizada por todas as pessoas que participaram do ato. Cercada de amigos, sob a sombra das mangueiras, dentre abraços calorosos, o reconhecimento e agradecimento por sua dedicação estavam presentes em cada um.
Ex-aluna da professora Walda, Edgley enumerou as qualidades daquela que se tornou sua colega de trabalho. “Com ela aprendi a ser mais paciente, a ter empatia e foco no outro como ser humano e não como um ‘doente’. Além de docente, ela é mestre da vida. A professora Walda sai da gestão, mas permanece nas nossas ações deixando em todos a marca do acolhimento, foco, determinação e pensar sempre na comunidade”, ratifica.
Edgley destaca ainda que a professora contribuiu bastante na valorização dos técnico-administrativos em educação. “Seu legado como docente e gestora é inestimável. Muitos de nós, inclusive eu, conseguiu estudar por conta de sua flexibilização, compreensão, apoio e incentivo. A professora Walda sempre valorizou o crescimento do servidor através da formação”, enaltece.
Keila Camelo, coordenadora Geral do Sintufce, participou da homenagem e também enalteceu a atuação da docente ao longo de 35 anos de relevantes serviços na Universidade. “Ela deixa um legado de gestão democrática, participativa, de valorização dos técnicos administrativos em educação. Em nome do Sintufce, agradecemos por tudo o que a senhora representa para esta Universidade e para nos nossos técnico-administrativos, incentivando, estimulando e motivando-os a sempre buscarem uma qualificação. Nosso Sindicato reconhece e enaltece seu belíssimo seu trabalho”, afirma.
Keila ratificou ainda a campanha contra o “Future-se”, proposta do MEC que cria mecanismos de privatização das universidades federais, a partir da parceria entre a União, universidades e organizações sociais. “Esta ferramenta tira a lógica do tripé de uma universidade pública, gratuita, de qualidade, com ensino, pesquisa e extensão voltados para os interesses da comunidade. Esperamos que a nova gestão possa reafirmar nossa posição, já aprovada no Conselho Universitário, que nega sua adoção”, defende.
Além de alunos, ex-alunos, professores, voluntários, pacientes e a comunidade beneficiada pelo Cedefam, também participaram da homenagem o professor Bernardo Coutinho, que assumirá a coordenação da unidade, e o Pró-Reitor Adjunto de Extensão, Rogério Teixeira Masih.
“Dever cumprido”
Para a professora Walda Moura, o sentimento é de “dever cumprido”. Emocionada, ela cita seu lema que diz que “o amor supera obstáculos e somente a dedicação conquista vitórias”. “Durante toda a minha trajetória defendi manter a esperança, acolher as pessoas, nos ver no outro agindo como gostaríamos de sermos tratados, com solidariedade e dedicação. Em todos os passos que dei na vida, nunca estive sozinha. Isso é que me faz caminhar”, reconhece.
Ela confidencia que há alguns anos já pensava em se aposentar, mas considerava ainda não ser a hora certa. “Sempre sonhei que o Cedefam se tornasse uma Unidade Básica de Saúde, função que indiretamente já exercia. Agora isto será oficial e torna-se uma grande conquista para mim, para a Universidade e para a comunidade. Encerro feliz este ciclo de aprendizado mútuo e agradeço a todos que lutaram comigo para garantir este espaço de atenção primária”.
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