SINTUFCE apoia Dia Nacional de Luta contra a Reforma Administrativa

A sociedade civil organizada participa em todo o país de mais um dia de mobilização nas redes e nas ruas. Nesta quarta-feira (8/12) é o Dia Nacional de Luta contra a Reforma Administrativa. Nós, que fazemos o Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (SINTUFCE- Gestão LUTE) nos somamos às milhões de vozes que clamam: Basta! É hora de barrar a PEC 32 já!

2021 está chegando ao fim, mas permanecemos em alerta e deveremos continuar mobilizados contra os avanços da tramitação da PEC que tem em sua essência a precarização do serviço público, o assédio moral com os servidores, divisão entre as classes, incentivo às privatizações, falta de transparência nas ações do governo entre outros. Sabemos que 2022 será ano eleitoral e o atual governo teme desgaste, por isso a pressa em aprovar a Reforma Administrativa ainda este ano.

O SINTUFCE defende dialogar com a população com o objetivo de esclarecer sobre os prejuízos da reforma administrativa para a sociedade, que, se aprovada, será um pacote de maldades imposto pelo Governo Federal.

Wagner Pires, coordenador de Campi do SINTUFCE, critica a medida e afirma que “o Brasil está constitucionalizando o atraso”, caminhando no sentido oposto ao dos vários países. “Enquanto no mundo inteiro os governos fortalecem o setor público para combater a pandemia e retornar o quanto antes à normalidade, no Brasil, uma aliança para o atraso deseja arrasar os direitos e impedir o acesso da população à saúde e educação de qualidade. Isso é um absurdo”, critica.

Ainda de acordo com o diretor, o projeto de nação legado pela Constituição de 1988 é o de um país menos desigual, mais justo e onde o servidor público, estaria voltado para os interesses da população e não para o do governo da vez. Por isso, “a reforma administrativa fere de morte a população mais pobre pois, ao praticamente dar fim ao serviço público, retira dessa gente seu principal apoio. Após lançar milhões no desemprego, na indigência e na fome, Bolsonaro e seus aliados no Congresso querem precarizar o serviço público e piorar as condições de vida e trabalho dos servidores. Nas universidades é dar fim ao PCCTAE e legar aos servidores técnicos um papel subserviente que não podemos aceitar”, afirma Wagner.

Entenda a PEC 32

O governo Bolsonaro tem usado o argumento sobre o fim da estabilidade para convencer a população de que os servidores públicos são privilegiados, mas o fato é que a estabilidade não é um privilégio e sim uma ferramenta de segurança e garantia para a população contra a corrupção dentro do serviço público, porque permite que o servidor execute suas funções sem correr o risco de sofrer intervenção ou punições arbitrárias de seus superiores, de grupos políticos ou econômicos.

Mobilização Nacional

“É preciso estar atento e forte! Nossas incansáveis mobilizações e denúncias nos permitiram barrar a Reforma Administrativa até aqui, mas precisamos seguir nos mobilizando até enterrar de vez a PEC 32, em defesa do serviço público”, ratifica o Coletivo Sindical Travessia. A Fasubra também reforça: “Só há uma forma de barrar a PEC 32: manter a pressão sobre os parlamentares”.Diante disso, a participação de cada cidadão é fundamental”. 

Manifestações aconteceram em várias cidades do país. Em Maceió, o protesto contra a PEC 32, aconteceu no sábado (11/12), na Praça Multieventos, no bairro da Pajuçara. O ato percorreu as principais vias da região com protestos em frente à residência do deputado federal Arthur Lira (PP), Presidente da Câmara. O Sindicato dos Trabalhadores na Universidade Federal de Alagoas (Sintufal) participou dos atos e reforçou a luta contra a aprovação da Reforma Administrativa que deverá trazer a destruição dos serviços públicos e a retirada de direitos de trabalhadores e trabalhadoras.

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