A Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC) em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (Sintufce) realizaram nesta sexta-feira (04), no auditório do Hemoce, o II Encontro de Saúde Mental da MEAC. Sob o tema “Da Gestação ao Puerpério: entre o real e o imaginário”, profissionais e estudantes das áreas da saúde debateram as expectativas e realidades da gravidez e puerpério. A iniciativa é alusiva ao Dia Mundial da Saúde Mental.
A abertura do encontro foi com a apresentação do Coral Vozes do Sintufce. Participaram da mesa de abertura o Gerente de Atenção à Saúde da MEAC, Carlos Augusto Alencar Júnior; Maria Liduína Freitas Pinto, Chefe do Setor de Apoio Diagnóstico e Terapêutico e Tereza Cristina Alves Ferreira, Chefe da Unidade de Atenção Psicossocial.
A Palestra Magna foi com a psicóloga Scheylla Santos Riedmiller, que durante anos atuou na MEAC. Na sua intervenção, “Da Gestação ao Puerpério: Entre o Imaginário e o Real”, ela destacou a necessidade de cada vez mais falar, explicar e mostrar a força e as vulnerabilidades das mulheres. “Nós não somos super mulheres, somos mulheres diferentes. A todo instante a vida nos transforma”, considera.
Em sua abordagem, Scheylla enalteceu a diversidade das mulheres enquanto seres humanos e a necessidade de considerar cada gestante e cada caso em sua individualidade. “Se a gente não se desconstrói, a gente se destrói”, ratifica. Neste cenário de respeitar cada caso com sensibilidade, a psicóloga condena a busca do exemplo de mães ideais. “Os estereótipos não existem. A mãe ideal é a mãe que ama. Mães perfeitas não são reais e mães reais não são perfeitas”, afirma.
Ainda pela manhã aconteceu a mesa redonda que abordou o “Ciclo Gravídico-Puerperal: Aspectos Biopsicossociais”, com a participação de Igor Emanuel Vasconcelos e Martins Gomes, Francisca Ruth Teixeira Martins, Angélica Maria Barbosa, Sabrina Dérica Arruda Rosa, Emilcy Rebouças Gonçalves e Tereza Cristina Alves Ferreira.
A programação contou ainda com a realização da Mesa Redonda: “Cuidados Paliativos e a Experiência do Luto”. Debateram Myrna Araújo Cavalcante, Mara Carolina Ribeiro Gomes, – Maria do Socorro Leonácio, Nádia Gurgel Alves e Erasmo Miessa Ruiz.
No final do encontro, acontecerá a premiação de trabalhos apresentados. Rita de Cássia Araújo, técnica de Enfermagem da MEAC e coordenadora de Assuntos Jurídicos, Carreira e Relações de Trabalho do Sintufce, compôs a comissão de análise e avaliação dos trabalhos. No encerramento, terá uma Ciranda do Renascimento para integrar os participantes com dança, música e alegria.
Números
Em 2018 foram atendidas 377 pacientes no ambulatório com transtornos mentais gerais (14,2% a mais que no ano anterior) e 37 no perfil REMDA (usuárias de substâncias psicoativas), totalizando 414 pacientes atendidas a nível ambulatorial.
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