Sintufce e SINDSIFCE promovem Dia de Luta contra o Desmonte do Serviço Público e do PCCTAE

O Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Ceará (Sintufce) realizou na sexta-feira (27/10), no auditório da Reitoria da UFC, uma série de debates como parte do Dia Nacional de Luta contra o Desmonte do Serviço Público e do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). A mobilização da categoria foi realizada em parceria com o Sindicato dos Servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (SINDSIFCE).

A Programação contou, no período da manhã, com um debate sobre o histórico do PCCTAE, com as lutas travadas pelo avanço da carreira, além das ameaças do governo com a proposta de reestruturação, ministrada pela coordenadora Geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da Universidade Federal de São Carlos (SINTUFSCAR), Vânia Helena Gonçalves. Conforme frisou a sindicalista, a única saída da categoria para não perder os direitos conquistados nos últimos vinte anos é resistir. “A greve do dia 10 de outubro está aí para isso. Vai ser uma greve difícil, mas precisamos nos mobilizar e lutar sempre ou a gente não vai conseguir derrotar nenhum programa desse governo”, enfatizou.

Após um almoço servido para os servidores no pátio da Reitoria, a programação continuou no período da tarde, com um debate sobre a Reforma da Previdência, com a presença do diretor Executivo do Sintrajufe-Ce, Ranulfo de Farias Filho, e, em seguida, a prof. Dra. Irenísia Torres abordou a atual conjuntura nacional, na perspectiva do desmonte dos serviços públicos e o seu impacto sobre os trabalhadores.

Ranulfo destacou que a Previdência faz parte do tripé, juntamente com a saúde e a assistência social, e que a união destes três segmentos é que segura a nação, porém, os recursos que deveriam ser investidos nestas áreas nunca são repassados integralmente, fazendo com que os serviços não funcionem em sua totalidade. Além disso, o diretor ressaltou que “a aposentadoria é um direito que se paga para ser usufruído no futuro e o governo tem tentado retirar de todas as maneiras esse direito, argumentando que a Previdência tá falida, mas que na verdade, tudo isso não passa de mentiras. Podemos acompanhar a verdade sobre a Previdência através dos materiais distribuídos pela Anfip”, frisa.

A prof. Dra. Irenísia Torres iniciou sua fala destacando o poema de Francisco Alvim ‘A força do direito’, referindo-se que na atual conjuntura do país os setores da classe dominante ocupam postos chaves, nos vários poderes, formando uma hegemonia que impõe suas próprias regras. A professora também destacou que o grande dilema do momento está no como agir diante de toda essa situação que a sociedade se encontra. “Precisamos ter paciência e resistência para lutarmos por nossos direitos, precisamos compreender que o tempo da história é outro e que vamos conseguir, não podemos desistir”.

Na ocasião, a coordenadora Geral do Sintufce, Keila Camelo, falou sobre a importância de tornar esses debates uma pauta constante dentro da universidade, e reforçou o compromisso do Sintufce em continuar na luta contra a implantação do ponto eletrônico na UFC e a flexibilização das 30 horas para todos. “Esse é o desejo da Gestão Lute, sempre na luta para avançar e ampliar as conquistas para a nossa categoria”, disse.

Audiência – Após o debate pela manhã, conforme aprovado em assembleia geral, foi realizado, na Reitoria, um ato contra a implantação do ponto eletrônico e pela flexibilização da jornada de 30 horas para todos. Na ocasião, a coordenação Geral do Sintufce mediou o diálogo de um grupo de servidores da UFC com o prof. Prof. José Maria de Sales Andrade Neto, chefe de gabinete da Reitoria, que agendou uma audiência na próxima terça-feira (31/10), às 10h, com o Reitor prof. Henry Campos, que receberá uma comissão formada por representantes da diretoria colegiada do Sindicato e dos delegados sindicais de base eleitos pela categoria para discutir essas questões.

 

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