Durante toda a semana, o Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Ceará (Sintufce) está promovendo uma série de atividades em Fortaleza e no Interior para mobilizar os servidores técnico-administrativos em educação na preparação para a greve da categoria, deflagrada em assembleia no final da semana passada na Universidade Federal do Ceará (UFC) e na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), em Redenção.
A paralisação dos servidores por tempo determinado é em protesto contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/16, que será votada em segundo turno nesta terça-feira (25), na Câmara dos Deputados. Conforme explica o coordenador geral do Sintufce, José Raimundo Soares, caso seja aprovada, a proposta limitará os gastos públicos pelos próximos 20 anos e causará um desmonte no serviço público no país. ” O setor primário do serviço público será severamente atingido e a população como um todo vai ser prejudicada com essa medida. Na prática, o governo fez uma dívida pública impagável e está dividindo essa dívida para a população pagar por meio da redução dos investimentos prevista na PEC”, argumenta o gestor.
De acordo com Soares, por conta do prazo legal de 72 horas após o anúncio da greve à Reitoria da UFC, a paralisação efetiva dos técnico-administrativos deve começar somente a partir da próxima segunda (31). Enquanto isso, o Sintufce mantém uma agenda de encontros e debates com os servidores sobre a conjuntura política do país nos campi de Fortaleza, Quixadá, Redenção (Unilab) e Juazeiro do Norte (UFCA), com participação do coordenador geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidade Brasileiras (Fasubra), Gibran Jordão.