A Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Ceará (Sintufce) participou, na manhã desta quarta-feira (1º/08), de um ato público promovido pelo Sindijustiça-Ce, em Fortaleza, com presença de várias lideranças sindicais do Estado, em protesto contra a remoção compulsória dos dirigentes sindicais Roberto Eudes (coordenador Geral) e Pedro Helker (coordenador Jurídico), praticada pela administração do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCe).
Na ocasião, as dirigentes do Sintufce, Keila Camelo (coord. Geral) e Edgley Silva (coord. de Educação e Cultura), enfatizaram o apoio do sindicato aos servidores do Sindijustiça, diante dos abusos e arbitrariedades que a categoria vem sofrendo pelo TJCe, e aproveitaram para relatar casos de assédio moral praticados recentemente dentro da Universidade Federal do Ceará.
“Nunca houve uma repressão tão grande aos movimentos sindicais e aos sindicatos em todo o país. Nós nos na UFC estamos enfrentando também esse momento de assédio moral conta os trabalhadores, desde a implementação arbitrária do ponto eletrônico sem o devido diálogo com a categoria”, disse Keila Camelo, que durante o ato em frente ao Palácio da Justiça, apresentou a denúncia de um servidor do campus de Russas, representante sindical de base, que teve cortes no ponto por ter se ausentado do trabalho para cumprir agenda com atividades de interesse da categoria. “Por isso, Já entramos com ação no Ministério Público do Trabalho denunciando o professor Lindberg (Lima Gonçalves), diretor do campus de Russas, por prática antissindical e assédio moral dentro da universidade”, informou.
Segundo observou Keila Camelo o que está acontecendo no SindiJustiça é reflexo do que tem acontecido em vários outros sindicatos. “Repudiamos essa remoção e estamos aqui para ser solidários aos companheiros do SindiJustiça. Queremos nos organizar livremente dentro do sindicato e repudiamos qualquer prática antisindical”, frisou a coordenadora Geral do Sintufce.
Entenda o Caso do Sindijustiça-Ce
Lotados há mais de 10 e 22 anos, respectivamente, os dois dirigentes do Sindijustiça-Ce estão sendo indevidamente removidos de local de trabalho pela administração do TJCe, por causa a atuação combativa e independente dos ativistas que muitas vezes se opuseram, aos interesses dos poderosos da Justiça estadual, conforme denúncia da base que compõe o sindicato da categoria.
De acordo com o Sindijustiça-Ce, o TJCe, além da atitude antisindical praticada contra os dirigentes do sindicato, ainda aprovou recentemente, resolução interna que prevê a possibilidade de aplicação da remoção compulsória a dirigentes sindicais, independente da comarca. Removidos sem qualquer explicação razoável, os dirigentes sindicais tiveram que recorrer ao CNJ e ingressaram com ação solicitando a anulação das portarias que tratam da remoção de ofício e requereram o retorno à unidade de origem.