Sintufce promove seminário sobre ponto eletrônico na UFCA

O Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (Sintufce), na sexta-feira (18), promoveu seminário sobre o ponto eletrônico na Universidade Federal do Cariri (UFCA). O objetivo do evento foi analisar o controle de frequência em outras Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e avaliar o posicionamento dos gestores e servidores da UFCA a respeito deste tema.

O pró-reitor de Gestão de Pessoas, Roberto Ramos, e o vice-reitor da UFCA, Juscelino Pereira, deram boas-vindas aos presentes e abriram o debate com mesa formada, pela manhã, pelo coordenador Geral do Sintufce, José Raimundo Soares, pela pró-reitora de Gestão de Pessoas da Universidade Federal do Ceará (UFC), Marilene Feitosa, e pelo diretor da Divisão de Sistemas da Informação STI/UFC, Luís César Marques.

José Raimundo colocou o posicionamento do Sintufce e declarou que o sindicato sempre foi contra a implantação do módulo de frequência através do ponto eletrônico. “O sindicato sempre lutou contra o ponto eletrônico. Nossa luta é antiga e durante sete anos conseguimos barrar esta implantação na UFC. Muito se foi debatido através de seminários e reuniões com os gestores da instituição. Sempre defendemos a ideia de que o servidor não precisa ter este modelo de controle, ainda mais na UFC, que sempre esteve entre as melhores universidades a nível regional e nacional, patamar este alcançado pelo nível de excelência dos serviços prestados pelos servidores”, destacou.

A pró-reitora da UFC falou sobre a imposição e exigência dos órgãos de controle sobre a implantação do ponto eletrônico na UFC. “Fomos notificados em janeiro de 2017 pelo Ministério Público Federal para que o módulo de frequência eletrônico fosse implantado na Universidade. Não tínhamos escolha, foi uma exigência legal e tivemos que cumprir. Em janeiro deste ano, após vários debates com a comunidade acadêmica, optamos por colocar o sistema da UFC (SIGRH) ao invés do sistema do governo federal, pois assim teríamos uma maior flexibilização entre comunicação, servidor e chefia imediata”, explicou Marilene.  

Luís César apresentou um painel sobre o funcionamento do registro de frequência na UFC e tirou dúvidas dos servidores em relação ao sistema.

No período da tarde, a mesa de discussão foi formada pelo assessor Jurídico do Sintufce, Clóvis Renato Farias, e pelo representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Carlos Augusto Silva.

Clóvis Renato falou sobre a importância de construção do seminário na UFCA. “A partir do momento que se promove um seminário desse porte para se discutir o ponto eletrônico, não estamos assumindo que somos a favor deste tipo de controle, mas estamos discutindo quais são as falhas, os problemas, o que tem acontecido nas outras universidades, e estamos nos antecipando ao problema que está sendo imposto legalmente e que pode chegar a qualquer momento na UFCA. Essa reflexão é preciso ser feita, pois as coisas estão acontecendo, e quando chegar aqui, é preferível que vocês tenham algo mais pensado, discutido, mais próximo da realidade de cada servidor daqui, do que um modelo de frequência já elaborado por alguém de fora. Para se barrar essa situação, a luta deve ser focada. Devemos analisar o Decreto, que sofreu alterações, e trabalharmos num modelo de exceções, voltado para os pilares do ensino, pesquisa e extensão. É preciso fazer uma ação política para se ter uma mudança de norma jurídica”, frisou Clóvis.

Carlos Augusto Silva apresentou o sistema de registro de frequência utilizado pelo governo federal. “É um sistema de quatro batidas, ou seja, registro de entrada, saída para o almoço e volta do almoço, além da saída do expediente. Esse sistema web é controlado com base nas informações do Siape e integrado com o SIGAC para que os servidores possam usar a mesma senha no registro do ponto. Apesar de ter acesso Web, existe um controle de IP para que saibamos se o local de acesso está dentro dos parâmetros permitidos”, explicou Augusto.

Após o debate, os técnicos se colocaram contra o ponto eletrônico na UFCA, esclareceram dúvidas pertinentes ao módulo de registro de frequência e tiraram como encaminhamento a elaboração de uma carta sobre o ponto eletrônico, em conjunto com todos os técnico-administrativos em Educação da UFCA, para que seja lida, analisada e votada em assembleia promovida pelo Sintufce. Se aprovada, a carta será encaminha à Fasubra Sindical para que seja pautada junto à luta da Federação.

 

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