Sintufce sedia evento ‘Nordeste Transformando – Sem Medo de Mudar o País’

Na última sexta-feira (13), o Sintufce sediou o evento ‘Nordeste Transformando – Sem Medo de Mudar o País’, que debateu sobre a representatividade das minorias simbólicas aliadas a um projeto de transformação da sociedade, com participação de Helena Vieira – Transfeminista, escritora e militante do Fórum Cearense LGBT, e Amanda Palha – Acadêmica de Serviço Social da UFPE e integrante da LGBTs Comunistas.

A mesa de discussão foi mediada por Mabel Rocha de Castro e contou com participação da diretora do Sintufce, Edgley Silva, do deputado estadual do PSOL, Renato Roseno e do representante do Grupo de Resistência Asa Branca – GRAB, Dário Bezerra.

No debate sobre conjuntura nacional, representatividade e os rumos da política do Brasil, desde uma perspectiva trans, Helena Vieira destacou que “o pressuposto básico, e não essencialista, implica em pensar que a política, como a conhecemos, tem sido feita por homens e para homens, feita desde um conjunto de saberes e tecnologias que se associam aquilo que se constitui como o ethos da masculinidade, além disso, a política se faz por endinheirados, cristãos, conservadores, latifundiários, empresários. A política, numa sociedade de herança escravagista e monárquica exige uma certa ritualística: o poder, o personalismo, a distância, a pompa, a ‘nobreza’. O político, portanto, está frequentemente investido não de ‘povo’, mas ‘inatingível’. Uma política travesti, contida neste sistema político, tem suas limitações e não fará, por si, uma revolução, mas é capaz de impor um ordenamento desordeiro (para eles) os parlamentos e espaços de poder. Uma política travesti é, antes de tudo, inventiva, sobrevivente, ela se faz, como processo, em longa e eterna transição. Não se fecha, não é fraca”, frisou.

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