Nesta terça-feira, 27 de agosto, o Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Ceará (SINTUFCE) oficiou a superintendente do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará (UFC), Josenília Maria Alves, requerendo a reavaliação da Portaria SEI nº 287, datada de 21 de agosto de 2024, que altera as diretrizes de acesso dos profissionais às dependências da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), um dos equipamentos do complexo.
A referida portaria estabelece que o acesso dos colaboradores, residentes internos e estudantes deverá ocorrer exclusivamente pela entrada da recepção principal, localizada na Rua Coronel Nunes de Melo, no bairro Rodolfo Teófilo. A partir de sua vigência, fica vedada a entrada pelas demais portas do complexo, exceto em situações de emergência ou em casos específicos que demandem necessidades especiais, devidamente justificadas e autorizadas pela Administração.
Essa mudança tem gerado grande preocupação entre os profissionais que atuam na MEAC, especialmente em relação à segurança. A coordenadora de administração e finanças do SINTUFCE, Cássia Araújo, que também exerce suas atividades no local, destacou as dificuldades que a nova norma impõe aos trabalhadores. “Teremos que entrar pela portaria da frente. Ou seja, quem deixar seus carros por trás do MEAC vai ter que andar um quarteirão inteiro e o lugar é bem perigoso”, alertou Cássia, sublinhando os riscos aos quais os profissionais estarão expostos, especialmente nos períodos noturnos.
O descontentamento não é isolado. Na segunda-feira, o Sindicato dos Médicos do Ceará também protocolou um ofício direcionado à superintendência do Complexo Hospitalar, solicitando a revisão da portaria. Paralelamente, os profissionais que atuam na MEAC estão mobilizados em uma petição online, buscando sensibilizar a gestão para a necessidade de reconsiderar as medidas estabelecidas.
O SINTUFCE, que sempre esteve na vanguarda da defesa dos direitos dos trabalhadores e da promoção de um ambiente de trabalho seguro e digno, reforça a importância de que as decisões administrativas levem em consideração as reais condições enfrentadas pelos profissionais no cotidiano de suas funções. A segurança dos trabalhadores deve ser uma prioridade inegociável, especialmente em um contexto como o da saúde pública, onde o compromisso com a vida e o bem-estar está no centro de todas as ações.
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* Imagem principal: Samuel Setúbal / O POVO
