Ontem, 18/12, a tão esperada mesa de negociação do governo federal com o executivo foi realizada. E diante de tantas expectativas, o que pudemos observar foi uma grande frustração.
Mas, primeiro vamos esclarecer o que esperávamos da mesa de ontem.
Era a mesa geral de todo o serviço público e, é através dela que levamos nossa reivindicação pela recomposição salarial, que conforme a proposta do FONASEFE, para nós TAEs seria cerca de 53,15%. Além de salários, essa mesa discute os benefícios, como auxílio alimentação e outros.
Nossas lutas pela reformulação da carreira são debatidas pela mesa específica da categoria. A última, realizada a mais de 70 dias, foi marcada pela entrega da proposta de carreira da FASUBRA. É mais um descaso do governo que não tenhamos um retorno dessa mesa, considerando nossa movimentação no Brasil Participativo e que fomos a primeira carreira a sentar com o governo em uma mesa específica.
E dizemos que é mais um descaso. Por isso, na mesa de ontem, o governo lançou uma proposta de reajuste zero para 2024. Acenou com reajuste de benefícios e um insuficiente reajuste para 2025 e 2026. Vejam só:
- Auxilio Alimentação de R$658,00 para R$1.000,00 (52%)
- Auxilio Saúde – Valor de R$144,00 para 215,00
- Auxilio Creche – Valor de R$321,00 para R$485,90
- Reajuste do salário de 9% em dois anos, ou seja, 4.5% em 2025 e 4,5% em 2026.
Essa proposta é totalmente fora da realidade, considerando que a nossa categoria tem sido penalizada por diversos ataques do último governo e as próprias universidades sofrem com a falta de concursos, o que sobrecarrega nossas e nossos camaradas.
Além disso, não podemos quebrar a unidade da nossa categoria, como deseja o governo, deixando de fora os aposentados. Ninguém fica para trás! Devemos nos manter em luta pela recomposição salarial, com reajuste já para 2024!
Não podemos esquecer que não falta dinheiro para os tubarões da dívida pública e para os bancos. Também não falta para as emendas do centrão, que a despeito de terem seus pleitos atendidos seguem votando contra o governo, vide a derrubada do veto ao marco temporal e a derrota imposta à Educação com a manutenção do que há de pior no Novo Ensino Médio.
É por não faltar dinheiro para o centrão e para os bancos que falta para educação, saúde e outros direitos. Que falta para dar às servidoras e servidores públicos a recomposição salarial justa.
Por isso não podemos parar de lutar. Temos que mostrar ao governo nossa indignação e exigir respeito. Na assembleia do dia 20/12, iremos traçar as estratégias de
Pressão, uma delas a decretação de Estado de Greve que será analisada na assembleia! Vem lutar com a gente.