Unilab e UFCA: Servidores TAE rechaçam proposta do governo e decidem pela continuidade da greve

Servidores técnico-administrativos em Educação (TAE) da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e da Universidade Federal do Cariri (UFCA) se reuniram na manhã desta quinta-feira (23), em suas respectivas assembleias, quando discutiram a proposta apresentada pelo governo federal para atender as reivindicações da categoria, em greve desde o dia 15 de março. 

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão a reestruturação do plano de carreira (PCCTAE) e a recomposição salarial. A última mesa de negociação aconteceu na última terça-feira, 21, em Brasília. Na ocasião, o governo manteve reajuste zero de salários para este ano e prometeu reajuste de 9% para 2025 e de 5% para 2026 (a proposta anterior era de 3,5%). O governo deu um prazo até a primeira semana de junho para que o movimento responda à proposta.

As duas bases do SINTUFCE rejeitaram a proposta apresentada pelo governo federal e decidiram manter o movimento paredista nas instituições. A assembleia da Unilab foi realizada na sede do Sindicato. A da UFCA, por sua vez, foi realizada no Auditório Beata Maria de Araújo, no Campus Juazeiro do Norte.  

Na UFCA, a categoria votou para que as próximas assembleias aconteçam, preferencialmente, de forma presencial. Também foi agendada para a próxima segunda-feira uma reunião com o Comando Local de Greve para discussão de encaminhamentos.

Na UNILAB, os servidores também escolheram representantes para a comissão eleitoral que vai definir os representantes nos conselhos da universidade.

“Na Assembleia da UFCA, foi unânime a indignação de todos os colegas com a proposta do governo. Por isso, a luta ficará cada vez mais forte. Na Unilab, os colegas também conseguiram rechaçar a proposta do governo e existe uma grande probabilidade de que, na UFC, a categoria siga a mesma linha”, afirma o coordenador de campi avançado do SINTUFCE, Gedeão Correa. “Também ficamos muito indignados com a posição da senhora del Papa, que estava mais para a defesa do governo que para a defesa dos colegas. Vamos elaborar uma nota pedindo para que ela, se possível, não participe da próxima mesa de negociação”, revela.

MOÇÃO DE REPÚDIO

As duas assembleias aprovaram uma moção de repúdio contra Cristina Del Papa, dirigente da Federação de Sindicatos de Trabalhadores técnico-administrativos em educação das instituições de ensino superior públicas do Brasil (Fasubra Sindical). Cristina, que estava na mesa de negociação com o governo como uma das representantes dos trabalhadores, afirmou que “houve avanços” na proposta e que é preciso “compreender o governo”. As falas decepcionaram parte da categoria, o que motivou a aprovação da moção de repúdio. As duas bases estão desenvolvendo seus respectivos textos, que serão publicados aqui logo que disponíveis. 

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