Derrotar Bolsonaro no segundo turno: estamos no caminho!

A eleição de 2 de outubro mostrou a todas e todos nós que a tarefa de derrotar o bolsonarismo não é apenas a de vencer uma eleição para Presidência da República. A expressiva votação e a eleição de diversos candidatos identificados com o Bolsonaro, muitos deles ministros e aliados de primeira hora, demonstra que o sentimento conservador da sociedade brasileira se encontra capturado pela extrema-direita, identificando nesta a única força capaz de deter o avanço das pautas progressistas.

Sob a capa de defesa da liberdade e de valores cristãos, milhões de brasileiros depositam seu voto em candidatos que atuaram de forma negacionista durante a pandemia e até mesmo abertamente espúria, retardando a compra de vacinas e deixando a população morrer à míngua, diante da pandemia, enquanto insistia-se em medicamentos ineficazes e na insistência em expor a população ao risco, apregoando o fim das medidas de isolamento social, que por isso mesmo, acabaram ficando aquém do necessário para evitar as mais de 700 mil mortes provocadas pelo COVID-19. 

Isso para não falar do aumento do custo de vida, com a inflação mordendo forte o bolso das famílias brasileiras, o retorno da fome, os preços exorbitantes dos combustíveis, o desemprego e o desalento. A inação de Bolsonaro e seus cúmplices parece ter sido premiada pelo eleitor, que além de ter eleito ao parlamento as grotescas personagens da ópera bufa bolsonarista, leva o capitão a disputar o segundo turno.

Dito isso, foi uma vitória das trabalhadoras e dos trabalhadores que Lula tenha terminado na frente essa primeira batalha. Fruto de uma mobilização de todas e todos que sabem que precisamos recuperar nossa sociedade, procurando curar as feridas deixadas pelos últimos quatro anos de desmandos e omissão. Eleger Lula não é a solução de todos os nossos problemas, mas é o primeiro passo em busca da sanidade, desarticulando as redes obscurantistas e de ódio, e permitindo o diálogo para que possamos retomar os avanços. Retomar os investimentos nas universidades e na educação, promover justiça social e equidade, para retirar da fome os milhões de brasileiros ali lançados de volta pela sinistra quadra de anos de Bolsonaro.

Precisamos deixar claro que liberdade não pode ser desculpa para a tremenda desigualdade social que impera no Brasil e que, enquanto uma coletividade, não é saudável que a vontade de um indivíduo se sobreponha ao bem estar de todas e todos. Quando a extrema direita fala em liberdade, está falando na liberdade de explorar ainda mais as trabalhadoras e trabalhadores, a liberdade de virar as costas para a fome, para o desemprego e para os graves problemas sociais que o Brasil possui.

O SINTUFCE chama a todos os técnico-administrativos em Educação da UFC, da UFCA e da UNILAB a tomar parte, neste momento, do grande movimento em defesa das universidades, da nossa carreira e por um país em que se permita voltar a sonhar. Para isso, no segundo turno não poderemos hesitar, nem por um minuto: derrotar Bolsonaro é a meta e a eleição de Lula é a ferramenta!

SINTUFCE de todas as caras, de todas as cores e de todas as lutas!

Diretoria Colegiada do SINTUFCE

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