EM DEFESA DO COMPLEXO HOSPITALAR: FORTALEÇA O SINTUFCE

 

Uma criança e seu avô andavam pelo sertão. Ali as estradas de terra eram sinuosas a ponto de as curvas não permitirem ver o que vinha no sentido contrário. Ouviam o barulho de que alguém ou alguma coisa se aproximava e saiam do meio da estrada. Certa vez ouviram o barulho de uma carroça. O avô disse: “Lá vem uma carroça vazia”.“Como o senhor sabe?”, perguntou o menino.Uma carroça cheia não faz barulho. A vazia estronda no mundo”.Assim como há carroças vazias, há pessoas vazias. Fazem muito barulho, mas não possuem conteúdo algum. (Conto popular brasileiro)

 

A luta do Complexo Hospitalar é árdua. A MEAC e o HUWC são estabelecimentos de saúde, mas vão muito além disso. São, também ferramentas de Educação. Precisam realizar Ensino, Pesquisa e Extensão. A atual gestão da EBSERH deixa a desejar em relação a todos os aspectos. Primeiro porque a expertise da Educação Superior em saúde é da UFC; segundo, porque a gestão em saúde da EBSERH beira a penúria com falta de materiais e cortes nos fornecimentos que penalizam as servidoras e servidores, tentando adequar rotinas a uma “economia a qualquer custo”.

Diante destes fatos fica claro que o SINTUFCE deseja que o Complexo Hospitalar livre-se da EBSERH. Mas esta é uma luta a ser travada com inteligência. E a mentira nunca pode ser método. Muito menos a estupidez e a ignorância.

Todas e todos preocupam-se com o que aconteceu no CNES. Todos os esforços estão sendo realizados para que o CNES reflita a verdade da situação do Complexo Hospitalar. Qual é a situação? Não somos CEDIDOS! Já solicitamos ao Ministério da Saúde que realize a correção no sistema. Um pedido que foi endossado pela FASUBRA que, inclusive , já solicitou audiência pública. Agora, dizer que um cadastro (que não tem influência alguma sore o SIGEPE) altera algo na vida funcional da servidora e do servidor é desconhecimento, má fé ou mente vazia.

Desde que tomou conhecimento do fato, o SINTUFCE não mediu esforços para atuar na defesa dos direitos das servidoras e servidores do Complexo. Mas fazemos isso de forma ponderada e inteligente. Não espalhando pânico e bobagens.

Entendam: não existe no CNES atualmente uma aba na qual se possa assinalar nossa condição de servidores da UFC (não cedidos) trabalhando no Complexo Hospitalar da EBSERH. E é preciso que o CNES acrescente isso: que somos servidoras e servidores públicos não cedidos, servidores próprios! E lembremos que isso acontece porque a MEAC e o HUWC foram entregues à EBSERH. Não foi apenas a gestão, não! Foi patrimônio da UFC que foi repassado. Quando dizemos isso, remetemos ao contrato assinado ainda em 2013, cujas cláusulas danosas à UFC nem sequer foram notadas por alguns que,  atualmente, decidiram falar contra o SINTUFCE. As mesmas pessoas que, à época, calaram acerca dos desmandos da EBSERH e do interventor bolsonarista na UFC, hoje jogam sobre nossa entidade sindical a calúnia sobre um possível “acordo com a gestão”.

Nestas cláusulas, a MEAC, o HUWC, todo o complexo, foi DOADO à EBSERH.  Um absurdo que o patrimônio construído ao longo de décadas tenha sido passado da Universidade Pública para uma outra instituição, sem maiores questionamentos. E agora, a EBSERH efetiva a doação, passando a MEAC para seu CNPJ e fazendo a correspondente mudança no CNES. Daí a necessidade que o Ministério da Saúde altere o CNES para acrescentar a nossa situação.

 Nós também queremos que o Complexo volte a ser da UFC. Que volte a fazer Ensino, Pesquisa, Extensão e atendimento à saúde com excelência. Queremos respeito e valorização dos profissionais. Queremos a implementação do Piso da Enfermagem, não como deseja o governo, como complemento, mas como efetiva incorporação à nossa tabela de salários. Mas para isso, nossa arma deve ser a verdade. Para isso, é necessário um sindicato forte.

Chamar a base à desfiliação, por uma suposta insatisfação com a condução da diretoria atual é, no mínimo, ultrajante e leviano. Isso sim é fazer o jogo da EBSERH! É jogar no lixo uma história de 45 anos de luta, construída por vocês servidoras e servidores do Complexo Hospitalar.

Vamos seguir juntos! Em unidade. Não se deixem iludir por aqueles que pensam em si, antes de pensar no coletivo. A Assessoria Jurídica do SINTUFCE já concluiu que não há elementos para uma ação, uma vez que o erro cadastral só pode ser corrigido pelo Ministério da Saúde. Uma ação por fora do sindicato vai apenas retirar de vocês recursos pessoais conseguidos com o trabalho honesto de todas e todos. Confiem na direção que, apesar dos ataques, em momento algum deixou de fazer o que foi eleita para fazer: a LUTA!

Quanto às mentiras, ao pânico infundado, às desinteligências e mesmo ao ódio que transparece em certos áudios, iniciativas e conversas: deixemos, calmamente retornarem para o lugar de onde vieram, ou seja, o vazio.

Diante disso, venham construir conosco no dia 25/07, um grande dia de lutas do Complexo Hospitalar, pelo Fora EBSERH e pela implementação do Piso da ENFERMAGEM! Venha conosco para luta!

 

SINTUFCE, O SINDICATO DE TODAS AS CARAS, DE TODAS AS CORES E DE TODAS AS LUTAS!