O Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (SINTUFCE – Gestão Lute) participou, na última quarta-feira (23), da 22ª edição do programa “Ao Vivo no Fórum”, realizado pelo Fórum Permanente em Defesa do Serviço Público – Ceará. Na pauta da live, a luta pela reposição emergencial de 19,99% de reajuste aos servidores públicos federais. O encontro virtual foi exibido nos canais do Youtube, Facebook, Instagram e Twitter, além de retransmitido por 44 entidades, sendo 22 do Ceará, 14 de outros estados e ainda por 8 entidades nacionais.
Durante o encontro virtual, o jornalista e analista político do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) Antônio Augusto de Queiroz destacou a relevância da mobilização unificada da categoria em busca da reposição emergencial de 19,99% dos servidores públicos. Este percentual foi calculado considerando apenas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) durante o Governo Bolsonaro.
Segundo analista, o último reajuste no plano federal foi ainda no governo Dilma, entre 2016 e 2017. Antônio Augusto apresentou leis e emendas que desmentem os argumentos do atual governo e possibilitam o aumento. “As travas alegadas por Bolsonaro para garantir nosso reajuste não se sustentam. Ele não dá reajuste porque não tem vontade política”, ratifica. Ainda de acordo com o jornalista, apenas a mobilização e pressão popular poderão garantir esta justa pauta. “A unidade já garantiu barrar a PEC 32; os servidores do Banco Central também arrancaram algumas conquistas com mobilização. Vamos fazer o dever de casa que vocês já estão fazendo: Debater, dialogar e fazer o contraponto à narrativa governamental que não corresponde à realidade dos fatos”.
Fabiano dos Santos, coordenador da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário (Fenajufe) também participou do encontro e destacou a prioridade de luta pelo reajuste JÁ para os servidores federais. “Esta é uma iniciativa importantíssima neste momento crucial: A unidade dos servidores públicos em torno da acertada questão emergencial. Não podemos aceitar continuar à mercê de uma política que quer reduzir deliberadamente o salário do funcionalismo. Achatar os salários é desvalorizar o serviço público. Precisamos garantir unidade e firmeza na luta, e permanecermos preparados para seguir enfrentando os obstáculos que ainda virão, como a construção de mobilização para uma greve geral”.
Várias lideranças participaram do debate através de perguntas. Em vídeo, Keila Camelo, coordenadora geral do SINTUFCE, questionou sobre a hipótese de uma recomposição salarial maior que o reajuste da inflação. Antônio Augusto afirmou que este cenário seria o ideal, mas a campanha unificada pleiteia, inicialmente, a reposição relativa apenas às perdas do atual governo. “O reajuste acima da inflação, dificilmente será conseguido agora, poderá ser bandeira de uma reivindicação unificada futura. O que queremos, agora é garantir nossa reposição: Nem tão aquém nem no pico do que gostaríamos, mas buscar pelo menos o poder de compra da categoria”, ratifica.