O Coordenador Geral do SINTUFCE, Wagner Pires, comenta sobre a declaração do relator-geral do Orçamento, Marcelo Castro (MDB-PI), que afirmou nesta terça-feira, 13/12, que o reajuste salarial para os servidores do Executivo em 2023 será o mesmo que o previsto para os do Judiciário, dizendo que estará na casa dos 9%.
“A proposta de orçamento de Bolsonaro para 2023 nada deixava para os trabalhadores do serviço público. Para além dos militares e das forças policiais, Bolsonaro tratava os demais servidores como inimigos, lembramos bem da afirmação de Paulo Guedes ao se referir a nós servidores de que já teria colocado a granada no bolso do inimigo. A atuação de Lula e do governo de transição se torna positiva na medida em que propondo retirar do teto o bolsa família, libera mais espaço para o orçamento, culminado nessa proposta de 9%, que longe de representar a reposição total da inflação, desde 2017, último ano em que os TAEs receberam reajuste, mas representa um incremento salarial neste momento”, destaca Wagner.
O coordenador ainda pontua que “espera que Lula venha discutir não apenas salários, mas a valorização da carreira, melhorias para o PCCTAE e também medidas relativas que favoreçam aos TAEs na universidade, avançado no teletrabalho e nos turnos contínuos, dentre outras medidas aguardadas pela base”.
O relator-geral explicou sobre as mudanças no relatório inicial do orçamento e que seu parecer reserva 11 bilhões para conseguir conceder o reajuste de 9% ao Executivo, já que o governo Bolsonaro havia encaminhado o relatório Preliminar do Projeto de Lei Orçamentária de 2023 com verbas insuficientes para a Saúde e a Educação. “Não é justo que aqueles que já ganham mais tenham aumento de 9% e os servidores que ganham menos tenham aumento menor”, declarou sobre a equiparação de reajuste do Judiciário.
A alteração da proposta inicial ainda será apreciada pelo plenário do Congresso, passando por todos os parlamentares, deputados e, depois, senadores.
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