O Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará participou do ato em defesa da comunicação pública, da democracia e da Rádio Universitária FM. A concentração reuniu centenas de pessoas na quarta-feira (25/05), na sede da rádio, percorreu a Reitoria e seguiu em caminhada até o CH I, onde depoimentos de defensores da democracia e artistas manifestaram a importância de ter uma rádio livre, democrática e plural.
O SINTUFCE somou-se à diversas outras entidades e estudantes de vários cursos para denunciar e protestar contra a tentativa de censura à Rádio Universitária FM e em apoio a Nonato Lima, que foi exonerado da direção da emissora. O professor produzia há 26 anos, na Universitária, o programa “Rádio Livre”. A atração foi o alvo da tentativa de censura. Conforme Nonato Lima, docente do Curso de Jornalismo da UFC, as alterações foram impostas em relação a programas jornalísticos e à grade musical da emissora, com veto às músicas ligadas a africanidades. Também teria sido sugerida a inclusão na programação de discussões que incluíssem pontos de vista de negacionistas e de extremistas de ultra-direita. “Eu não só discordei como não implementei as medidas. A Constituição Brasileira assegura tanto a liberdade de exercício profissional como a liberdade de expressão”, enfatizou. O professou alertou o risco que a Universidade e o país sofrem com o avanço de pensamentos antidemocráticos. “Este é só mais um caso. Vários docentes, servidores e TAEs são vítimas diariamente desta prática, absolutamente inadequada à convivência universitária”, critica.
Eudiana Vale, coordenadora de Educação e Cultura do SINTUFCE, participou do ato e ratificou o apoio da entidade. “Gestão Lute em defesa da livre expressão e de uma comunicação sem repressão. Vamos continuar esta luta em prol de um país mais justo, humanitário e plural”. Wagner Pires, diretor de Campi do SINTUFCE, também defendeu a Rádio Universitária FM, patrimônio da sociedade cearense. “Mais uma vez o interventor tenta destruir a liberdade de expressão, agora num momento em que é tão importante termos uma comunicação livre, pública e democrática. Não aceitaremos mais esta intervenção. Vamos seguir na luta”, ratifica.
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