O Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (Gestão Lute) participou, na última terça-feira (26), na Livraria Lamarca, da Roda de Conversa “Em Defesa da Educação Pública: a luta contra os cortes na rede federal”. Karla Florentino, coordenadora de Campi do SINTUFCE, participou do debate, que também contou com representantes do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (ADUFC), Sindicato dos Servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (SINDSIFCE) e Movimento AFRONTE.
Em sua intervenção, Karla destacou que os cortes na educação mexem não só na estrutura da Universidade, envolvendo as áreas de Ensino, Pesquisa e Extensão, mas com toda a comunidade acadêmica. “Sou da Unilab, uma universidade do interior do Ceará. Lá, nós vemos o quanto esse corte traz impactos ocasionando a precarização dos serviços, servidores sobrecarregados, desistência de alunos, professores exaustos, corte de terceirizados”, afirma. A coordenadora de Campi do SINTUFCE alerta que os cortes sistemáticos acabam se tornando um projeto de desmonte, que começa na educação básica, passando pelos ensinos fundamental, médio e superior. “Essa cadeia atinge o que temos de mais valioso. Sem educação, não somos nada”, ratifica.
Karla alerta ainda que mais encontros como este, com debates e informações, devem ser amplificados. “Até as eleições, devemos multiplicar esses momentos, para que a gente volte a conquistar espaços que perdemos. Mas após as eleições, esta mobilização também deve estar forte e unificada. Reconquistar direitos perdidos, não é tarefa fácil e chegar ao ponto que estávamos antes das retiradas das nossas conquistas irá exigir muito mais luta. Somos potentes, guerreiras e fortes e devemos trazer à tona sentimentos que parecem estar adormecidos depois de tantas derrotas. O poder está com o povo. Precisamos novamente nos lembrar que o poder está nas nossas mãos”, defende.
Apesar do desmonte da educação protagonizado neste governo, há luta e resistência. Os movimentos sociais já se organizam para novas mobilizações a serem realizadas em agosto, em defesa da educação, da democracia e do Brasil.