O Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (SINTUFCE – Gestão Lute) voltou a notificar a Universidade Federal do Ceará pedindo um posicionamento oficial da Instituição em relação ao retorno das atividades presenciais de técnico-administrativos e docentes a partir do dia 1º de fevereiro de 2022. Através de ofício enviado na última quinta-feira (27), a diretoria do SINTUFCE, preocupada com o aumento de casos de Covid-19 através da proliferação da variante ômicron e de síndromes gripais tanto no Estado quanto em Fortaleza, solicita a suspensão das atividades presenciais e a manutenção do trabalho remoto, “atendendo ao próprio PDI da UFC, no que se refere à valorização do servidor”.
No documento enviado à Reitoria da UFC, o SINTUFCE reforça acreditar que “as manutenções das vidas e da saúde de todos os membros da comunidade acadêmica importam, e estamos certos de que essa também é a visão da Gestão Superior da maior Universidade Cearense, e que assim irá atuar no sentido de preservar cada servidora e servidor da instituição neste momento tão difícil que estamos enfrentando”. E finaliza: “Diante do exposto, solicitamos o posicionamento da Universidade no sentido de permitir que, enquanto se mantiver o agravamento da pandemia de COVID-19, as atividades administrativas e acadêmicas permaneçam remotas”.
Entenda
Em resposta a outra solicitação do SINTUFCE, a UFC divulgou nota no dia 12 de janeiro de 2002 anunciando, até o dia 31, “a suspensão da eficácia da portaria nª 250 (1º de outubro de 2021), que regulamentou o retorno ao regime presencial do trabalho administrativo da Instituição”. De acordo com a UFC, neste período, as chefias imediatas decidiriam qual o regime de trabalho (presencial ou remoto) mais adequado para cada setor. De lá para cá, não houve ainda um posicionamento oficial quanto ao retorno das atividades de técnico-administrativos e servidores. “Por isso enviamos o ofício solicitando esta confirmação, já que não saiu nenhuma nova portaria determinando renovação da anterior”, ratifica Heveline Ribeiro, coordenadora Geral do SINTUFCE.
Além disso, a Universidade confirmou o retornou presencial total, de alunos, técnico-administrativos e servidores, para o dia 16 de março deste ano. “Diante da situação de crescente no número de casos, tanto em adultos quanto em crianças, entendemos que é precipitada esta decisão. Sabemos que algumas universidades já mantiveram a condição de atividade remota neste semestre e pleiteamos que este retorno não aconteça aqui enquanto não voltarmos a ter segurança”, reforça Heveline.
Para Wagner Pires, diretor de Campi do SINTUFCE, mesmo com o trabalho remoto, a Universidade conseguiu dar respostas às demandas administrativas. “Uma demonstração do compromisso dos servidores para com a UFC, principalmente os TAE, que estão na linha de frente das atividades administrativas. Daí não restar dúvidas de que a Universidade, longe de prejudicar-se, só tem a ganhar ao afastar os servidores do risco de exposição ao Coronavírus. O SINTUFCE nunca foi omisso na defesa da vida e da saúde dos técnicos-administrativos em todo o Ceará e o ofício cobrando o posicionamento da gestão superior mostra que estamos atentos a este momento, onde a pandemia se encontra em nova ascensão de casos sendo, por isso mesmo necessário a permanência das atividades remotas”, avalia.
