Hoje, 29 de agosto, mais uma reunião de negociação. Presentes, as entidades representativas das servidoras e servidores públicos, à espera de que o governo, que foi eleito com o apoio e o voto de muitas companheiras e companheiros, apresentasse uma proposta de recomposição salarial.
Mas o que tivemos do governo sequer pode ser chamado de proposta de reajuste! Reunir-se em uma mesa de negociação com categorias cujas perdas salarias chegam a mais de 30% e apresentar um reajuste de 1% é, no mínimo,desrespeitoso.
O governo não nos leva a sério. E está na hora de as entidades, que pacientemente esperaram, possam reunir as suas bases e definir as bandeiras de luta que precisam ser hasteadas nesse momento.
Enquanto o governo acena para os grandes bancos, para os especuladores da bolsa de valores, para o mercado e os neoliberais de plantão (enfim, a direita de um espectro a outro) com políticas como a do Arcabouço Fiscal e permitindo a continuidade de toda uma legislação antisindical elaborada por Temer e Bolsonaro, o mesmo governo dá as costas para milhares de servidoras e servidores. Queremos que nossas reivindicações sejam atingidas. Chega de garantir o agrado ao Centrão e às suas chantagens enquanto TAEs e demais servidoras e servidores são esquecidos e recebem como proposta as migalhas do orçamento.
Que valorização esperar de um governo que nem sequer as perdas inflacionárias propõe repor?
Queremos recomposição, queremos melhores condições de vida e trabalho, queremos que nossas aposentadas e aposentados tenham seu poder de compra fortalecido, com ganhos reais e queremos um novo PCCTAE! E tudo isso só pode vir da luta, camaradas!
Queremos a equiparação dos benefícios entre as servidoras e servidores dos três poderes!
Aumento salarial não basta! Diante da situação enfrentada nos últimos anos precisamos de uma mudança completa de nossa situação! E isso só para começar.
Porque precisamos retomar a expansão das nossas universidades e fazer mudanças nas mesmas para que possamos ter nossos direitos efetivados. Liberação para pós-graduação stricto sensu, capacitação e qualificação, entre outros temas; avançar na paridade entre docentes, discentes e nós, Técnicas e Técnicos!
O SINTUFCE rechaça veementemente a proposta ultrajante feita pelo governo. E chama a categoria, na UFC, UFCA e UNILAB para estar alerta diante das manobras espúrias que presenciamos neste momento. Resistimos durante o governo Bolsonaro. Fomos às ruas contra os cortes nas universidades. No governo Lula, é hora de dizer o que queremos, porque não se faz Educação Superior Pública sem a valorização das servidoras e servidores. Seguiremos lutando!
SINTUFCE, o sindicto de todas as caras, de todas as cores e de todas as lutas!